O Natal.
Ellen White.
Do livro Orientação da Criança - Págs. 477 - 483
O
Natal Como Dia de Festa
"Aproxima-se o Natal",
eis a nota que soa através do mundo, de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Para os
jovens, de idade imatura, e mesmo para os de mais idade, é este um período de
alegria geral, de grande regozijo. Mas o que é o Natal, que assim exige tão
grande atenção? ...
O dia 25 de dezembro é
supostamente o dia do nascimento de Jesus Cristo, e sua observância tem-se
tornado costumeira e popular. Entretanto não há certeza de que se esteja
guardando o verdadeiro dia do nascimento de nosso Salvador. A História não nos
dá certeza absoluta disto. A Bíblia não nos informa a data precisa. Se o Senhor
tivesse considerado este conhecimento essencial para a nossa salvação, Ele Se
teria pronunciado através de Seus profetas e apóstolos, para que pudéssemos
saber tudo a respeito do assunto. Mas o silêncio das Escrituras sobre este
ponto dá-nos a evidência de que ele nos foi ocultado por razões as mais sábias.
Em Sua sabedoria o Senhor ocultou
o lugar onde sepultou Moisés. Deus o sepultou e Deus o ressuscitou e o levou
para o Céu. Este procedimento visava prevenir a idolatria. Aquele contra quem
se haviam rebelado quando estava em serviço ativo, a quem haviam provocado
quase além dos limites da resistência humana, era quase adorado como Deus
depois de separado deles pela morte. Pela mesma razão é que Ele ocultou o dia
preciso do nascimento de Cristo, para que o dia não recebesse a honra que devia
ser dada a Cristo como Redentor do mundo - Aquele que deve ser recebido, em
quem se deve crer e confiar como Aquele que pode salvar perfeitamente a todos
os que a Ele vêm.
A adoração da alma deve ser
prestada a Jesus como o Filho do infinito Deus. (Review
and Herald, 9 de dezembro de 1884).
O
Dia não Deve Ser Passado por Alto
Sendo que o dia 25 de dezembro é
observado em comemoração o nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm
sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de
alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar
alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito.
A juventude deve ser tratada com
muito cuidado. Não devem ser deixados no Natal a buscar seus próprios
divertimentos em prazeres vãos, em diversões que lhes rebaixarão a
espiritualidade. Os pais podem controlar esta questão voltando a mente e as
ofertas dos filhos para Deus e Sua causa e a salvação de almas.
O desejo de divertimentos, em vez
de ser contido e arbitrariamente sufocado, deve ser controlado e dirigido
mediante paciente esforço da parte dos pais. Seu desejo de dar presentes deve
ser levado através de puros e santos canais e feito resultar em bênção ao nosso
próximo graças à manutenção do tesouro na grande e ampla obra para a qual
Cristo veio ao mundo. Abnegação e espírito de sacrifício assinalaram Sua
conduta. Seja isto também o que assinale os que professam amar a Jesus, porque
nEle está centralizada nossa esperança de vida eterna.( Review and Herald, 9 de dezembro de 1884).
Troca
de Presentes Como Sinais de Afeição
As festas estão chegando
rapidamente com sua troca de presentes, e jovens e idosos estão estudando
intensamente o que poderão dar a seus amigos como sinal de afetuosa lembrança.
É agradável receber um presente, mesmo simples, daqueles a quem amamos. É uma
afirmação de que não estamos esquecidos, e parece ligar-nos a eles mais
intimamente. ...
Está certo concedermos a outros,
demonstrações de amor e afeto, se em assim fazendo não esquecemos a Deus, nosso
melhor amigo. Devemos dar nossos presentes de tal maneira que se provem um real
benefício ao que recebe. Eu recomendaria determinados livros que fossem um
auxílio na compreensão da Palavra de Deus ou que aumentem nosso amor por seus
preceitos. Provede algo para ser lido durante esses longos serões de inverno.( Review and Herald, 26 de dezembro de 1882.)
Recomenda-se
Dar aos Filhos Livros Como Presentes
Há muitos que não têm livros e
publicações sobre a verdade presente. Aqui está um grande campo onde o dinheiro
pode ser investido com segurança. Há grande número de crianças que pode ser
suprido com leitura. The Sunshine Series, Golden Grains Series, Poems, Sabbath
Readings, etc., são todos livros preciosos e podem ser introduzidos seguramente
em cada família. As pequenas quantias gastas em guloseimas e brinquedos inúteis
podem ser acumuladas e com isto comprar esses volumes. ...
Os que desejarem fazer caros
presentes a seus filhos, netos, sobrinhos, procurem para eles os livros acima
mencionados. Para os jovens a Vida de José Bates é um tesouro; também os três
volumes de O Espírito de Profecia. Esses volumes podem ser levados a cada
família na Terra. Deus está dando a luz do Céu, e nenhuma família deve ficar
sem ela.
Sejam os presentes que façais, da
espécie que espalhe raios de luz sobre o caminho que conduz ao Céu. (Review and Herald, 11 de dezembro de 1879)
.
Jesus
não Deve Ser Esquecido
Irmãos e irmãs, enquanto estais
planejando dar presentes uns aos outros, desejo lembrar-vos nosso Amigo
celestial, para que não passeis por alto Suas reivindicações. Ele Se agradará
se mostrarmos que não O esquecemos. Jesus, o Príncipe da vida, deu tudo a fim
de pôr a salvação ao nosso alcance. ... Ele sofreu mesmo até à morte, para que
nos pudesse dar a vida eterna.
É por meio de Cristo que
recebemos todas as bênçãos. ... Não deve nosso Benfeitor celestial participar
das provas de nossa gratidão e amor? Vinde, irmãos e irmãs, vinde com vossos
filhos, mesmo os bebês em vossos braços, e trazei ofertas a Deus, segundo
vossas possibilidades. Cantai ao Senhor em vosso coração, e esteja em vossos
lábios o Seu louvor. (Review and Herald, 26 de
dezembro de 1882.)
Natal
- Ocasião Para Honrar a Deus
Pelo mundo os feriados são
passados em frivolidades e extravagância, glutonaria e ostentação. ... Milhares
de dólares serão gastos de modo pior do que se fossem lançados fora, no próximo
Natal e Ano Novo, em condescendências desnecessárias. Mas temos o privilégio de
afastar-nos dos costumes e práticas desta época degenerada; e em vez de gastar
meios meramente na satisfação do apetite, ou com ornamentos desnecessários ou
artigos de vestuário, podemos tornar as festividades vindouras uma ocasião para
honrar e glorificar a Deus.( Review and Herald,
11 de dezembro de 1879.)
Cristo deve ser o objetivo
supremo; mas da maneira em que o Natal tem sido observado, a glória é desviada
dEle para o homem mortal, cujo caráter pecaminoso e defeituoso tornou
necessário que Ele viesse ao nosso mundo.
Jesus, a Majestade do Céu, o
nobre Rei do Céu, pôs de lado Sua realeza, deixou Seu trono de glória, Sua alta
posição, e veio ao nosso mundo para trazer ao homem caído, debilitado nas
faculdades morais e corrompido pelo pecado, auxílio divino. ...
Os pais deviam trazer essas
coisas ao conhecimento de seus filhos e instruí-los mandamento sobre
mandamento, regra sobre regra, em suas obrigações para com Deus - não suas
obrigações de uns para com os outros, de honrarem-se e glorificarem-se uns aos
outros por presentes e dádivas. (Review and
Herald, 9 de dezembro de 1884.)
Volver
os Pensamentos dos Filhos Para um Novo Canal
Há muita coisa que pode ser planejado
com gosto e muito menos dispêndio do que os desnecessários presentes que são
tão freqüentemente oferecidos a nossos filhos e parentes, podendo assim ser
mostrada cortesia e a felicidade ser levada ao lar.
Podeis ensinar uma lição a vossos
filhos enquanto lhes explicais a razão por que tendes feito uma mudança no
valor de seus presentes, dizendo-lhes que estais convencidos de que tendes até
então considerado o prazer deles mais que a glória de Deus. Dizei-lhes que
tendes pensado mais em vosso próprio prazer e satisfação deles e de manter-vos
em harmonia com os costumes e tradições do mundo, em dar presentes aos que
deles não necessitam, do que em ajudar ao progresso da causa de Deus. Como os
magos do passado, podeis oferecer a Deus vossos melhores dons e mostrar por
vossas ofertas a Ele que apreciais Seu dom por um mundo pecaminoso. Levai os
pensamentos de vossos filhos através de um canal novo, altruístico,
incitando-os a apresentar ofertas a Deus pelo dom do Seu Unigênito Filho. (Review and Herald, 13 de novembro de 1894.)
"Devemos Armar uma Árvore de
Natal?"
Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de
Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas
de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de
Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à
semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito
diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo
em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é
feito dos presentes postos na árvore.
A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a
ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de
vossa beneficência, e apresentai isto a Deus como vosso presente de Natal.
Sejam vossas doações santificadas pela oração. (
Review and Herald, 11 de dezembro de 1879.)
As festividades de Natal e Ano
Novo podem e devem ser celebradas em favor dos necessitados. Deus é glorificado
quando ajudamos os necessitados que têm família grande para sustentar.
Manuscrito 13, 1896.
Árvore
de Natal com Ofertas Missionárias não é Pecado
Não deve os pais adotar a posição de que uma árvore de Natal posta na
igreja para alegrar os alunos da Escola Sabatina seja pecado, pois pode ela ser
uma grande bênção. Ponde-lhes diante do espírito objetos benevolentes. Em
nenhum caso o mero divertimento deve ser o objetivo dessas reuniões. Conquanto
possa haver alguns que transformarão essas reuniões em ocasiões de descuidada
leviandade, e cujo espírito não recebeu as impressões divinas, outros espíritos
e caracteres há para quem essas reuniões serão altamente benéficas. Estou
plenamente convicta de que inocentes substitutos podem ser providos para muitas
reuniões que desmoralizam. (Review and Herald, 9
de dezembro de 1884.)
Providenciar
Recreação Inocente Para o Dia
Não vos levantaríeis, meus irmãos
e irmãs cristãos, cingindo-vos a vós mesmos para o dever no temor do Senhor,
procurando arranjar este assunto de tal maneira que não seja árido e
desinteressante, mas repleto de inocente prazer que leve o sinete do Céu? Eu
sei que a classe pobre responderá a estas sugestões. Os mais ricos também devem
mostrar interesse e apresentar seus donativos e ofertas proporcionalmente aos
meios que Deus lhes confiou. Que se registrem nos livros do Céu, um Natal como
jamais houve em virtude dos donativos que forem dados para o sustento da obra
de Deus e o reerguimento do Seu Reino. (Review
and Herald, 9 de dezembro de 1884.)
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