Vitória sobre as forças do mal
Sábado à tarde |
Ano Bíblico: Jo 14, 15
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VERSO PARA MEMORIZAR: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio dAquele que nos amou” (Rm 8:37).
Leituras da semana: Ef 1:18-22; Rm 8:26-39; Tg 4:7; 1Pe 5:6-10; Lc 10:1-20; At 5:12-16
Pensamento-chave: Em Cristo, temos a vitória sobre todas as forças que nos oprimem.
Em algumas partes do mundo, a religião é basicamente uma fonte de poder, que pode ser visto como nada mais além de uma forma de ajudar alguém a enfrentar os desafios da vida diária. A noção cristã de salvação do pecado, por exemplo, é estranha para muitas religiões tradicionais. Nesses lugares, o cristianismo corre o risco de ser visto principalmente como um meio de ajudar a resolver os problemas da vida cotidiana.
Embora haja, naturalmente, muitas vantagens práticas em um estilo de vida cristão, devemos sempre lembrar que o cristianismo tem uma perspectiva “espiritual”. O cristianismo percebe outra dimensão da realidade, além do mundo material. Ambos os domínios são importantes, e são habitados por forças opostas. Devemos ser muito gratos pelas promessas de vitória para nós em ambos os reinos.
Lembremos que a narrativa abrangente do grande conflito entre Cristo e Satanás precisa ser o pano de fundo para nossa compreensão do mundo e do nosso lugar nele. Em meio a esse conflito, o cristianismo não abandona seus adeptos à mercê das forças contrárias. Pelo contrário, em Cristo, temos a promessa da vitória sobre essas forças.
Domingo |
Ano Bíblico: Jo 16–18
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Um cenário para nossa vitória
O cristão não teria esperança de vitória sobre as forças do mal, a menos que fosse preparado um cenário para isso. No estudo da semana passada ficou claro que Cristo, por Sua morte na cruz e ressurreição, venceu todos os tipos de “poderes” malignos e impiedosos. Num sentido muito real, a exposição e o despojamento desses poderes colocaram um limite para eles. O fato de que os “poderes” foram subjugados prepara o cenário para a vitória do cristão.
1. Estude Efésios 1:18-22. Paulo ora pela iluminação dos olhos dos cristãos de Éfeso. De acordo com Paulo, o que Cristo realizou por nós? Como podemos entender essas palavras no contexto do grande conflito? O que nos é prometido ali? Como trazer para a realidade essas promessas?
Paulo orou para que uma nova e profunda iluminação acompanhasse o cristão. Quando isso acontece, sua vida é preenchida com a esperança cristã. O cristão conhecerá seus privilégios como herdeiro de Deus, e experimentará o poder de Deus, tão grande quanto o poder que ressuscitou Jesus.
2. Quais promessas podemos suplicar em nossas lutas contra forças superiores a nós? Ef 1:20-22
Como consequência da crucificação e ressurreição de Cristo, todas as coisas, incluindo os principados e potestades, funcionam em sujeição a Ele. O palco está verdadeiramente preparado para nossas vitórias individuais sobre tudo que nos oprime espiritualmente.
Leia os versos para hoje. O que você pode tirar deles para sua vida, sejam quais forem as lutas que enfrenta? Pense no que é dito ali e o que nos é prometido em Cristo. Como isso pode deixar de ser mera teologia e se tornar realidade para nós?
Segunda |
Ano Bíblico: Jo 19–21
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Esperança de vitória
Não é apenas o cenário que está pronto para a vitória do cristão sobre as forças do mal: a Bíblia explicitamente nos dá a esperança de vitória sobre elas.
3. Que razões Paulo apresenta para que o cristão olhe confiantemente o futuro? Que promessas e palavras de encorajamento ele menciona? Como podemos levá-las além da teologia, além de algo que parece bom, e viver de acordo com esses ensinamentos da Palavra de Deus? Rm 8:26-39
Romanos 8:29, 30 tem sido um campo de batalha para as discussões sobre predestinação. Mas a passagem realmente ocorre no contexto de uma grande promessa. Paulo dá pelo menos duas razões sólidas para que o cristão confie no Senhor. Em primeiro lugar, o Espírito nos ajuda em nossas aflições e “gemidos”. Em segundo lugar, de acordo com o propósito eterno de Deus, todas as coisas, incluindo as aflições, contribuem para o bem-estar final do cristão (não importando a dificuldade humana para perceber isso no momento). Confiar no Senhor nas dificuldades é, de fato, um componente essencial do que significa viver pela fé e não pela vista.
Os versos 29, 30 são a forma pela qual Paulo justifica a confiança expressa no verso 28. Nesses versos, ele mostra como é desenvolvido o propósito de Deus para aqueles que O amam, um propósito que inclui todos os processos da salvação.
4. Qual é o clímax do argumento de Paulo para impulsionar a confiança do cristão? Rm 8:31-34 (Considere especialmente o verso 31. No contexto do grande conflito, que lição podemos tirar desse verso para nossa experiência?)
Romanos 8:35-39 apresenta uma série de entidades sobre as quais o cristão pode ser vitorioso. Observe que os “principados e potestades” estão incluídos na lista. A total abrangência da lista de Paulo indica que não há nada no Universo que o cristão não possa vencer graças a Jesus.
Terça |
Ano Bíblico: At 1–3
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Cristãos versus Satanás
5. Que promessa é dada a quem resiste ao diabo? Como podemos resistir a uma força muito mais poderosa do que nós? Tg 4:7; Dt 4:4
O cristão não é uma vítima indefesa, à mercê do diabo (você percebe aqui, também, por que é tão importante compreender a realidade literal de Satanás e dos anjos caídos?). Mas o cristão não é chamado tanto a se levantar em oposição ao diabo quanto a tomar uma posição contra ele. A palavra traduzida como “resisti” é o termo grego anthistemi, que significa “tomar uma posição contra algo”. A atitude que o cristão toma faz com que o diabo fuja. Essa atitude tem que ser de entrega total a Jesus, o único que tem o poder de fazer com que o diabo fuja de nós.
6. Que promessa é dada ao cristão diante de um inimigo descrito como um “leão que ruge procurando alguém para devorar”? Como podemos entender o texto de Tiago? 1Pe 5:6-10; Ef 4:27; 6:11
Pedro escreveu essas palavras para admoestar cristãos que estavam sofrendo perseguição. Obviamente, ele sabia que por trás da perseguição que seus leitores estavam sofrendo estava o inimigo, Satanás. O apóstolo os admoestou a resistir ao diabo. Ali Pedro usa a palavra anthistemi, assim como Tiago, mas acrescenta o modificador stereoi (forte ou firmemente). Assim, ele sugere que o diabo pode fugir daqueles que apresentam uma atitude firme, semelhante a uma rocha, contra seus ataques. Uma atitude covarde não será suficiente. De acordo com Pedro, mesmo que sejamos firmes, o sofrimento ainda pode durar algum tempo. Mas o próprio Deus irá aperfeiçoar (restaurar), firmar, fortificar e fundamentar o cristão (1Pe 5:10).
Mesmo com todas essas promessas, não foi prometido que estaremos livres do sofrimento, não é verdade? Qual cristão não conhece a realidade do sofrimento? Que diferença fundamental deve fazer a fé em meio às tristezas e dor?
Quarta |
Ano Bíblico: At 4–6
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Exemplos de vitória
Até aqui, temos visto reveladas na Bíblia a esperança e as promessas da vitória que o cristão pode ter. Além disso, também temos registrados exemplos reais de vitórias cristãs sobre as forças do mal. Começamos com o exemplo do ministério dos primeiros discípulos que Jesus enviou.
7. Qual foi a tarefa dada aos discípulos? Qual é a relação entre essa obra e o grande conflito? O que isso diz aos discípulos modernos, chamados a pregar sobre Jesus? Mt 10:1-8; Mc 6:7, 12, 13; Lc 9:1, 2; Lc 10:1-20
É interessante notar que, assim como Jesus enviou os doze discípulos para proclamar o evangelho da vinda do reino de Deus, Ele considerou importante dar a eles poder sobre demônios e espíritos imundos. Isso não é surpreendente, porque a adequada pregação do evangelho envolve necessariamente a exposição de tais poderes. A manifestação desses “poderes” devia ser esperada quando o evangelho fosse proclamado. Por isso, a necessidade de dar aos discípulos poder sobre eles. Certamente, as forças do mal se manifestaram quando os doze pregaram por toda parte; porém, muitos demônios e forças do mal foram expulsos.
Tanto quanto podemos ver pelos registros, Jesus não incumbiu, em termos específicos, os 70 discípulos de expulsar demônios (Lc 10:9). No entanto, esse foi o aspecto da missão que mais parece ter animado os discípulos (Lc 10:17). Com alegria os 70 relataram que, enquanto pregavam o evangelho do reino, os demônios se submetiam a eles. Assim, entenderam que o poder de Jesus, operando por meio deles, havia tornado possível essa vitória sobre o inimigo.
Embora muita coisa possa ser discutida e debatida sobre esses textos e a forma como devem ser compreendidos hoje, o ponto importante é que os cristãos, chamados a proclamar o evangelho ao mundo, precisam do poder de Cristo para realizar essa obra.
Leia Lucas 10:20. Que ponto importante devemos tirar das palavras de Jesus? Como Sua resposta nos mostra o que deve ser importante em nossa vida? Como podemos ter certeza de que mantemos essa ênfase correta?
Quinta |
Ano Bíblico: At 7–9
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Exemplos de vitória (livro de Atos)
Os exemplos de vitórias sobre as forças demoníacas considerados na lição de ontem aconteceram nos dias em que Jesus estava na Terra. Porém, elas não ficaram restritas a esse período. No livro de Atos, encontramos as vitórias contínuas dos seguidores de Jesus sobre as forças demoníacas.
Evidentemente, isso não deve nos surpreender, pois Jesus prometeu enviar o Espírito Santo para estar com Seus seguidores, quando Ele partisse (por exemplo, João 14:16).
Ao mesmo tempo, também, como bem sabemos, o grande conflito entre Cristo e Satanás, embora resolvido na cruz, ainda deve ser travado até o fim dos tempos. Assim, os seguidores de Cristo, mesmo depois de Sua partida, deviam estar envolvidos no conflito, especialmente quando procurassem cumprir a comissão evangélica.
8. Que exemplos temos de vitórias sobre as forças do mal? Que lição podemos aprender com eles para o nosso contexto de evangelismo e testemunho?
Atos 16:14-18 relata um caso incomum. Quando a jovem escrava mencionou o “Deus Altíssimo”, suas palavras expressaram uma grande verdade. Paulo, porém, não quis aceitar as palavras dela. Ele percebeu o que estava realmente acontecendo. Os poderes sobrenaturais que ela havia manifestado, e que traziam lucro para seus senhores, não eram do Senhor. Quando ela clamou que esses homens eram “servos do Deus Altíssimo”, não estava falando sobre o verdadeiro Deus, mas, provavelmente, acerca de um deus cananeu que também era chamado Elyon (o Altíssimo). Com muita facilidade, por meio do uso de certos termos comuns, o erro poderia ter comprometido grandemente a verdade.
Leia novamente Atos 5:12-16, e a parte impressionante sobre as pessoas esperando “que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles”. Que advertência isso deve trazer aos que trabalham para o Senhor, especialmente quando seu trabalho é considerado “bem-sucedido”?
Sexta |
Ano Bíblico: At 10–12
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Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 662-680: “Não se Turbe o Vosso Coração”; Fé e Obras, p. 93: “Apossando-se da Justiça de Cristo”; Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 310: “Ciência e Revelação”.
“Jesus obteve a vitória por meio da submissão e fé em Deus, e mediante o apóstolo, Ele nos diz: ‘Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós’ (Tg 4:7, 8, RC). Não podemos nos salvar do poder do tentador; ele venceu a humanidade, e quando tentamos resistir em nossa própria força, nos tornamos presa de seus ardis; mas ‘torre forte é o nome do Senhor; para ela correrá o justo, e estará em alto retiro’ (Pv 18:10, RC). Satanás treme e foge diante da mais débil alma que se refugia nesse nome poderoso” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 130, 131).
“Há cristãos que pensam e falam demais sobre o poder de Satanás. Pensam em seu adversário, oram a seu respeito, falam nele, e ele avulta mais e mais em sua imaginação. É certo que Satanás é um ser poderoso, mas, graças a Deus, temos um forte Salvador, que expulsou do Céu o maligno. Satanás se regozija quando engrandecemos sua força. Por que não falar em Jesus? Por que não exaltar Seu poder e Seu amor? (Ibid., p. 490, 491).
Perguntas para reflexão
1. Considere alguns dos exemplos desta semana que mostram as vitórias reveladas na Bíblia. Vemos coisas similares acontecendo hoje? Existe algo que podemos fazer para ver mais desses exemplos?
2. O que significa aproximar-se de Deus? Pergunte aos alunos o que significa, como podemos praticar, e o que acontece quando nos aproximamos de Deus.
3. Imagine que você é Pedro, e as pessoas querem apenas se aproximar de sua sombra. Qual seria seu sentimento? Qual seria sua única segurança em uma situação como essa?
Respostas sugestivas: 1. Por Sua morte e ressurreição, Ele conquistou para nós uma herança gloriosa. Jesus venceu o autor da morte, bem como todos os seus poderes, para nos livrar de suas garras; precisamos abrir os olhos para essa esperança. 2. Cristo é o cabeça da igreja, nosso líder; Ele venceu a morte, intercede por nós no Céu e vencerá todos os poderes humanos e sobrenaturais para nos defender. 3. O Espírito intercede por nós, em nossa fraqueza; todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus; o Senhor planejou que fôssemos parecidos com Ele; Deus nos chamou para o perdão, santificação e glorificação; nada nem ninguém poderão impedir nossa vitória ao lado de Cristo. 4. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”; Se Deus nos deu Cristo, por que deixaria de nos dar todas as outras coisas? Se Deus perdoa, quem pode condenar? 5. Ele fugirá de nós; o segredo é se apegar a Deus. 6. Se nos humilharmos e lançarmos sobre o Senhor nossa ansiedade, Ele nos exaltará e cuidará de nós; precisamos ser sóbrios e vigilantes, resistindo ao inimigo com fé firme; quando nos revestimos das armas da luz, as trevas fogem de nós. 7. A tarefa dos discípulos era expulsar demônios, curar doenças, ressuscitar mortos, buscar as ovelhas perdidas de Israel, pregar o evangelho, preparar o caminho de Jesus e orar para que Deus enviasse mais ceifeiros para Sua seara; essa tarefa estava em conflito direto com as forças do mal; essa deve ser a nossa tarefa hoje. 8. At 5:12-16: os apóstolos faziam maravilhas e a igreja crescia; At 3:1-11: a cura do coxo na porta do templo; At 16:14-18: a conversão de Lídia e a libertação da jovem com espírito de adivinhação.
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