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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Por onde andam os dissidentes?

Por Gilson Medeiros

Uma das declarações mais sábias da Bíblia, na minha opinião, foi dita por uma pessoa da qual não se fala muito a respeito:

"Israelitas, atentai bem no que ides fazer a estes homens. Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual se agregaram cerca de quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe prestavam obediência se dispersaram e deram em nada. Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos. Agora, vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E concordaram com ele" (Atos 5:35-39).

Gamaliel foi um dos homens mais especiais de seus dias. Sábio, equilibrado, coerente e, acima de tudo, um ótimo professor para os jovens judeus. Paulo foi um de seus melhores discípulos (cf. Atos 22:3).

Sempre que me deparo com alguém influenciado pelos movimentos pseudo-reformatórios ou dissidentes entre os Adventistas, as palavras de Gamaliel me vêm à mente. O que o rabino estava querendo dizer é que o TEMPO é a melhor das testemunhas para dizer se o "fruto" do nosso trabalho foi ou não inspirado por Deus. Somente com o passar dos anos é que sabemos se algum movimento com pretensões de ser uma "nova luz", com uma interpretação "nova" para alguma doutrina ou princípio de fé, é que foi de fato proveniente de um coração sincero e zeloso, ou não era apenas fruto de um coração amargurado, rancoroso, mal-intencionado.

Um dia desses eu estava conversando exatamente com um desses "meninos" facilmente agitados pelos "ventos" (cf. Efés. 4:14) que sopram por ai, e me deparei com a mesma situação a qual tenho sido testemunha durante os últimos 16 anos da minha vida: pessoas que se "encantam" por uma pregação carismática de algum líder "inspirado" (hoje a Internet tem sido o melhor púlpito para estas pessoas), e que se julga acima de tudo e de todos em matéria de interpretação doutrinária, deixando-se levar pelas críticas à Organização Adventista, e acaba abandonando suas fileiras para ingressar em algum "movimento mais santo", mais "puro", nascido com a pretensão de ser a 8ª Igreja de Apocalipse.

Ao conversar com aquele jovem, perguntei a ele por onde andavam outros antigos companheiros, que com o mesmo sentimento de amargura também haviam abandonado o Adventismo para acompanharem a pregação de um destes "iluminados" de plantão. Verificamos que inúmeros hoje estão "no mundo", longe da fé evangélica, longe de Deus, com suas vidas totalmente atrapalhadas. Lembramos de antigos "líderes" destes movimentos dissidentes que, depois que se despiram da capa de santidade que procuravam vestir, afundaram no lamaçal da apostasia. Casamentos desfeitos (inclusive com acusação de traição), filhos desviados, famílias inteiras que saíram do Caminho de Jesus e hoje vivem sem fé e sem esperança neste mundo fadado à destruição. Que fruto, hein?!

Por onde andam os dissidentes?!

Muitos, se abrissem seus ouvidos à voz do Espírito Santo (algo impossível, uma vez que alguns já nem crêem mais nEle), ouviriam o mesmo que Elias, o bravo e destemido profeta, teve que ouvir do Senhor: "Que fazes aqui?".

Antes de escrever a postagem de hoje, resolvi fazer uma pesquisa na internet para encontrar fotos de pessoas que saíram da IASD para engrossarem o coro dos dissidentes. Encontrei, por exemplo, relatos de pessoas que participaram do primeiro congresso dos "leigos", ocorrido em 2001, e fiquei me perguntando: por onde andam estas pessoas? Estão vivendo na fé que salva? Estão ainda com a mesma esperança de salvação pela graça em Cristo Jesus? E seus filhos, suas esposas, seus maridos... onde estão agora?

Espero, do fundo do coração, que estes ainda estejam firmes no Evangelho, apesar de preferirem o caminho da crítica e da dissidência. Pois, na esmagadora maioria dos casos, o resultado tem sido apostasia, frustração, sensação de ter sido enganado, remorso, vergonha.

Quantas daquelas pessoas que abandonaram Jesus quando pensavam que Ele não estava ensinando a "verdade" que elas acreditavam ser a correta, retornaram para Ele? (cf. João 6:66).

Quantos destes "dissidentes" Jesus viu de volta, antes de fechar Seus olhos na Cruz do Calvário?

Espero que muitos!
Todos!

"E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou" (Lucas 15:20).

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