Depois de ser obrigado a rever o modo de fazer compras, com a proibição da distribuição de sacolinhas plásticas, o consumidor pode se ver novamente diante de novo desafio: fazer compras somente de segunda a sábado. Um polêmico projeto de lei prevê o fechamento dos supermercados aos domingos em Belo Horizonte sob a justificativa de garantir mais qualidade de vida aos trabalhadores do setor. Ontem, em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, centenas de empregados lotaram o plenário da Câmara para reivindicar o direito. O domingo é apontado como o segundo dia no ranking de compras em supermercados, segundo a Associação Mineira de Supermercados (Amis), atrás do sábado. Pelo projeto de lei, elaborado pelo vereador Léo Burguês (PSDB) com base em abaixo-assinado apresentado por funcionários do setor, ficariam proibidos de abrir empreendimentos “do comércio varejista de gênero alimentício com mais de duas caixas registradoras”, garantindo o funcionamento de estabelecimentos de bairro de porte menor para a compra de produtos pontuais. Caso ocorra desrespeito ao texto, é prevista multa de R$ 10 mil por dia de abertura, com pagamento dobrado em caso de reincidência e até mesmo possibilidade de cassação de alvará de funcionamento se persistir. [...]
Ontem, na audiência pública, com cartazes com o dizer “Até Deus folgou no sétimo dia” e frases semelhantes, funcionários dos supermercados da capital encheram o plenário da Câmara para pleitear a aprovação do projeto. O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana, José Alves Paixão, afirma que o descanso de domingo contribui para diminuir estresse, fadiga e ainda garante ao empregado um dia com a família. Uma das críticas hoje é que nas folgas semanais os filhos e mulheres dos trabalhadores do setor varejista estão na escola ou no trabalho e, assim, não podem aproveitar em conjunto. “É uma forma de humanizar o trabalho. Qualquer um se comove com os depoimentos das famílias”, afirma o sindicalista, ressaltando que espera que não se trate apenas de mais um projeto eleitoreiro. E a meta do sindicato é expandir a medida para shoppings e outros setores varejistas. [...]
Ontem, na audiência pública, com cartazes com o dizer “Até Deus folgou no sétimo dia” e frases semelhantes, funcionários dos supermercados da capital encheram o plenário da Câmara para pleitear a aprovação do projeto. O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana, José Alves Paixão, afirma que o descanso de domingo contribui para diminuir estresse, fadiga e ainda garante ao empregado um dia com a família. Uma das críticas hoje é que nas folgas semanais os filhos e mulheres dos trabalhadores do setor varejista estão na escola ou no trabalho e, assim, não podem aproveitar em conjunto. “É uma forma de humanizar o trabalho. Qualquer um se comove com os depoimentos das famílias”, afirma o sindicalista, ressaltando que espera que não se trate apenas de mais um projeto eleitoreiro. E a meta do sindicato é expandir a medida para shoppings e outros setores varejistas. [...]
Atualmente, com a taxa de desemprego em 4,4%, segundo dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um dos dificultadores na contratação de mão de obra é o fato de o empregador prever plantão aos domingos. “Hoje ninguém quer trabalhar no comércio. Só consegue um ou outro e ainda insatisfeito”, afirma o diretor de Marketing da DMA Distribuidora (das bandeiras EPA, Martplus e ViaBrasil), Roberto Gosende. Ele afirma ser totalmente favorável ao projeto de lei e acredita que o cliente se adaptaria facilmente a obrigatoriedade de fazer compras de segunda-feira a sábado.
(Estado de Minas; colaboração de Cleo de Castro Souza)
Nota: As faixas abaixo foram colocadas próximo à Câmara dos Vereadores, na Avenida do Contorno de Belo Horizonte. Esse tipo de discussão em torno do descanso semanal tende a crescer e se tornar ponto de controvérsia nas grandes cidades. Somem-se a isso a proposta ECOmênica de uso do domingo para salvar o planeta e a crise mundial que já bate à porta dos países que ainda estavam conseguindo se manter em pé, e teremos uma noção do cenário que vai favorecer a imposição legal de um dia para “salvar o meio ambiente”, “salvar a família” e “ajudar a recuperar a economia”. Nada mais profético. Quer viver verá...[MB]
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