Por Ana Paula Garcia
A Incompreensão Moderna
Eu queria entender, ver, sentir,
Ou talvez sumir.
Não sei qual opção é mais favorável
Pra essa avalanche estúpida, chamada modernização.
Tudo o que eu quero é o ser, é ter,
Queria o dever.
Eu queria compreender o incompreensível,
Ver o invisível,
Fazer o impossível,
Ser a satisfação do seu sorriso.
Ouvir o sonho ingênuo do sonhador,
Sem correr o risco de sofrer uma desforra.
Ver o invisível,
Fazer o impossível,
Ser a satisfação do seu sorriso.
Ouvir o sonho ingênuo do sonhador,
Sem correr o risco de sofrer uma desforra.
A migalha que cai,
Sufoca a garganta de quem canta,
Deprime o vagabundo,
Humilha o abastado.
O Verbo transitório,
O iludido, perdido, absurdo,
Vaga na mente da gente,
“De gente”
Do executivo transigente, inteligente,
Do medíocre ignorante ao valente.
Tudo isso não fecha o buraco profundo
Que invade a compreensão insana
Do coração ferido, quebrado, remendado
Do ser atordoado e magoado.
Sufoca a garganta de quem canta,
Deprime o vagabundo,
Humilha o abastado.
O Verbo transitório,
O iludido, perdido, absurdo,
Vaga na mente da gente,
“De gente”
Do executivo transigente, inteligente,
Do medíocre ignorante ao valente.
Tudo isso não fecha o buraco profundo
Que invade a compreensão insana
Do coração ferido, quebrado, remendado
Do ser atordoado e magoado.
Eu queria um momento de glória,
Uma página nessa história,
Do ser, ter, querer, do entender...
Uma página nessa história,
Do ser, ter, querer, do entender...
A incompreensão não tem limites,
É vendo e crendo.
E ao discernir essa metamorfose da “encrenca”,
Que é este outro ser;
É ter uma ideia vaga, de que tudo é possível.
É vendo e crendo.
E ao discernir essa metamorfose da “encrenca”,
Que é este outro ser;
É ter uma ideia vaga, de que tudo é possível.
Vendo, sabe-se no que vai dar.
E eu só queria entender...
Se é que você me entende!
E eu só queria entender...
Se é que você me entende!
Lutar pra fazer sorrir ao que padece,
Trazer o amor para quem não tem mais satisfação,
Tocar na alma do iludido;
E fazer ver; ao transitório e ignorante,
A mediocridade que assola as elites,
Os “barriga verde”
Os cheios de “autoestima alta”
Que juram que sabem mais.
Trazer o amor para quem não tem mais satisfação,
Tocar na alma do iludido;
E fazer ver; ao transitório e ignorante,
A mediocridade que assola as elites,
Os “barriga verde”
Os cheios de “autoestima alta”
Que juram que sabem mais.
Oh sim, como eu queria o ser e o ter,
Para entender, essa nossa trajetória de vida.
Essa “bagunça organizada”,
Valores perdidos, na mala,
Mudou para Somália, acredito,
E lá morreu de vez.
Para entender, essa nossa trajetória de vida.
Essa “bagunça organizada”,
Valores perdidos, na mala,
Mudou para Somália, acredito,
E lá morreu de vez.
A compreensão humana resolveu ir junto
Com os valores e a decência moral.
O carinho o amor fraternal, ágape, eros...
Está uma decadência.
A classe dos magnatas,
Dos doutores, da elite,
Dos eruditos, do que é, e não é,
Do ser ou não ser, idem.
Dói.
Dói ver a competitividade,
A desigualdade,
A corrida pela sobrevivência,
O luxo desmedido dos imprudentes,
Incompetentes, corruptos,
Ante ao escasso pão e água
Do laborioso homem sofredor.
Dói ver a competitividade,
A desigualdade,
A corrida pela sobrevivência,
O luxo desmedido dos imprudentes,
Incompetentes, corruptos,
Ante ao escasso pão e água
Do laborioso homem sofredor.
Dói sentir a dor da perda,
Dos amores que não voltam mais.
Dos amores que não voltam mais.
Medito na “gentileza”, camuflada no sorriso,
Pelo olhar, da elegância transvestida de “humildade”, “Generosidade”, “honestidade",
Medito na deselegância do erro,
Mudando, florindo,
Reconhecido e recebendo o perdão.
Pelo olhar, da elegância transvestida de “humildade”, “Generosidade”, “honestidade",
Medito na deselegância do erro,
Mudando, florindo,
Reconhecido e recebendo o perdão.
Imagino o fingimento banido
Pela áurea da sinceridade,
Onde a desconfiança cai,
E nasce a certeza, a segurança e a satisfação de um ser.
Pela áurea da sinceridade,
Onde a desconfiança cai,
E nasce a certeza, a segurança e a satisfação de um ser.
Ter, e querer ser, mais humano e justo;
É mais justo e mais humano.
É mais justo e mais humano.
Dói saber, que boas maneiras,
Só ficam no papel.
Modernização agora é outro nível, é falcatrua.
A decência e o resto foram para o beleléu.
Só ficam no papel.
Modernização agora é outro nível, é falcatrua.
A decência e o resto foram para o beleléu.
Sinceramente fico aturdida,
também perdida,
Com a extinção prazerosa do ser, do ter e do querer,
Do envolvimento afetivo correto, lindo de ver.
Fico aturdida com a extinção, da solidariedade,
Tão rara, da amizade tão cara,
Valia a pena ter, segurar, ser, querer...
também perdida,
Com a extinção prazerosa do ser, do ter e do querer,
Do envolvimento afetivo correto, lindo de ver.
Fico aturdida com a extinção, da solidariedade,
Tão rara, da amizade tão cara,
Valia a pena ter, segurar, ser, querer...
Não há duvidas que tudo isso ainda exista,
Estão todos ali, sendo sufocados, esmagados,
Mudados pela pressão
Da “quebra dos paradigmas”
Entrando a modernização,
Que está vindo a todo vapor.
Eles estão ali, escondidos
Por um número insignificantes
Dos chamados valores dignos e decididos,
Que alguns insistem em chamá-los de caretas,
Desqualificados e ultrapassados
Por estes novos conceitos da atualidade.
E a tensão emocional é intensa devido à pressão da sociedade.
Estão todos ali, sendo sufocados, esmagados,
Mudados pela pressão
Da “quebra dos paradigmas”
Entrando a modernização,
Que está vindo a todo vapor.
Eles estão ali, escondidos
Por um número insignificantes
Dos chamados valores dignos e decididos,
Que alguns insistem em chamá-los de caretas,
Desqualificados e ultrapassados
Por estes novos conceitos da atualidade.
E a tensão emocional é intensa devido à pressão da sociedade.
Deixamos muitas vezes o ser, o ter, e
o querer...
Para, nos entregar aos ditames dessa sociedade,
Tão pouco igualitária,
Que me enoja, e me faz chorar.
Para, nos entregar aos ditames dessa sociedade,
Tão pouco igualitária,
Que me enoja, e me faz chorar.
Há uma luz bruxuleando no meu ser.
Sim, uma luz tremula e solitária.
Ela quer entender e compreender esta devastação,
Causada pela falta do ser, do ter, do querer o amor,
De querer amar.
De acreditar que podemos muito mais.
Que o importante não é apenas ter,
É ser, é querer, é amar.
É o amor.
Sim, uma luz tremula e solitária.
Ela quer entender e compreender esta devastação,
Causada pela falta do ser, do ter, do querer o amor,
De querer amar.
De acreditar que podemos muito mais.
Que o importante não é apenas ter,
É ser, é querer, é amar.
É o amor.
Ana Paula Garcia é poetisa, mora em Goiania, e é colaboradora deste blog.
3 comentários:
Esse é sem dúvida um dos artigos mais bem escritos que eu já li em toda a minha vida. Parabéns priminha =]
Q lindo Ana Paula....
Não sabia q vc escrevia e ditava os anseios de nossos corações tão bem!
Parabéns!!!!!
Que Deus conserve e só engrandeça cada vez mais este belo dom!!!
Concordo com voces. Ana paula escreve muito bem. Deveria estudar jornalismo. Eu tenho o maior prazer em tê-la como colaboradora deste Blog
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