Pr. Valdeci Júnior
Twitter: @Valdeci_Junior
O que mudou na IASD? É verdade que a Igreja Adventista do Sétimo Dia teria se afastado da Bíblia e dos escritos de seus pioneiros para então aceitar a doutrina da Trindade?
Na realidade, os pioneiros da igreja adventista eram, em termos gerais, antitrinitários ou semi-arianos. E qual é o problema? Não temos nada a esconder sobre isso. A partir de 1888, alguns líderes passaram a, gradualmente, a compreender que a posição tradicional da denominação em relação à trindade era inadequada. O próprio Tiago White já afirmara que ele, bem como os demais pioneiros, estariam dispostos a mudar pontos de sua fé caso tivessem uma boa razão, para fazê-lo com base nas escrituras (Review And Herald, 7 de fevereiro 1856 p. 149).
O Adventismo passou por um desenvolvimento gradual, sistemático e consistente das suas crenças, inclusive de seu ponto de vista quanto à Trindade. Embora Ellen G. White nunca tenha usado o termo Trindade, ela participou desse processo de transformação do pensamento adventista. Em 1901 ela escreveu sobre “os eternos dignitários celestes – Deus, Cristo, e o Espirito Santo” (Evangelismo, 616). Em outra ocasião, Ellen escreveu se referindo ao Espírito Santo como a “terceira pessoa da divindade”.(O Desejado de Todas as Nações, 691).
A partir do final do séulo 19 e do início do século 20, houve um crescimento no conhecimento da Trindade, motivado pelas crises do pensamento panteísta e de outros ensinos falsos sobre o Espírito Santo e também de dificuldades acerca da compreensão da natureza de Cristo. Ou seja, no processo histórico doutrinário da IASD, a crença da Trindade evoluiu de um pensamento distintamente não trinitário, para arianismo, semi-arianismo e então para o pleno triunfo da atual confissão de fé trinitária.
Mas isso não significa abandono da Bíblia. Pelo contrário, como base bíblica temos muitas passagens a evidenciar a existência da trindade (Gn. 1:26; 2:24; 3:22; 11:7; Is 6:8; Mt. 28:19; 3:16 e 17). É como ouvi, certa vez, em sala de aula, o professor Alberto R. Timm dizer:
“A Bíblia enfatiza a Trindade, e Ellen White a confirma (Evangelismo 613-617). Embora a IASD valorize sua própria herança doutrinária ela sente ser seu dever revisá-la constantemente à luz dos escritos inspirados. Embora o nome não apareça em nenhum destes escritos, a Bíblia trata do conceito. Cremos, portanto, que a aceitação da doutrina bíblica da trindade é parte do compromisso adventista com a sola-tota scriptura”.
A base da nossa crença não é sermos regidos pelos cérebros dos pioneiros, mas sim, somente, totalmente, e acima de tudo, pela Bíblia. Apesar de que a maioria dos pioneiros da IASD fosse formada de anti-trinitarianos e semi-arianos, se eles tivessem vivido um século para acompanhar todo o crescimento de compreensão bíblica desta igreja, eles teriam, com certeza, tornado-se trinitarianos, pois eram sinceros no que criam. Isso os diferencia bruscamente dos antitrinitarianos de hoje que, acima disto, são dissidentes apóstadas disfarçados de santas ovelhas. Leia mais sobre estas mudanças doutrinárias ao longo da história dessa igreja em "Em Busca de Identidade".
Um abraço,
Pr. Valdeci Júnior
Twitter: @Valdeci_Junior
Veja o site Na Sala do Pastor.. Aqui
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O que mudou na IASD? É verdade que a Igreja Adventista do Sétimo Dia teria se afastado da Bíblia e dos escritos de seus pioneiros para então aceitar a doutrina da Trindade?
Na realidade, os pioneiros da igreja adventista eram, em termos gerais, antitrinitários ou semi-arianos. E qual é o problema? Não temos nada a esconder sobre isso. A partir de 1888, alguns líderes passaram a, gradualmente, a compreender que a posição tradicional da denominação em relação à trindade era inadequada. O próprio Tiago White já afirmara que ele, bem como os demais pioneiros, estariam dispostos a mudar pontos de sua fé caso tivessem uma boa razão, para fazê-lo com base nas escrituras (Review And Herald, 7 de fevereiro 1856 p. 149).
O Adventismo passou por um desenvolvimento gradual, sistemático e consistente das suas crenças, inclusive de seu ponto de vista quanto à Trindade. Embora Ellen G. White nunca tenha usado o termo Trindade, ela participou desse processo de transformação do pensamento adventista. Em 1901 ela escreveu sobre “os eternos dignitários celestes – Deus, Cristo, e o Espirito Santo” (Evangelismo, 616). Em outra ocasião, Ellen escreveu se referindo ao Espírito Santo como a “terceira pessoa da divindade”.(O Desejado de Todas as Nações, 691).
A partir do final do séulo 19 e do início do século 20, houve um crescimento no conhecimento da Trindade, motivado pelas crises do pensamento panteísta e de outros ensinos falsos sobre o Espírito Santo e também de dificuldades acerca da compreensão da natureza de Cristo. Ou seja, no processo histórico doutrinário da IASD, a crença da Trindade evoluiu de um pensamento distintamente não trinitário, para arianismo, semi-arianismo e então para o pleno triunfo da atual confissão de fé trinitária.
Mas isso não significa abandono da Bíblia. Pelo contrário, como base bíblica temos muitas passagens a evidenciar a existência da trindade (Gn. 1:26; 2:24; 3:22; 11:7; Is 6:8; Mt. 28:19; 3:16 e 17). É como ouvi, certa vez, em sala de aula, o professor Alberto R. Timm dizer:
“A Bíblia enfatiza a Trindade, e Ellen White a confirma (Evangelismo 613-617). Embora a IASD valorize sua própria herança doutrinária ela sente ser seu dever revisá-la constantemente à luz dos escritos inspirados. Embora o nome não apareça em nenhum destes escritos, a Bíblia trata do conceito. Cremos, portanto, que a aceitação da doutrina bíblica da trindade é parte do compromisso adventista com a sola-tota scriptura”.
A base da nossa crença não é sermos regidos pelos cérebros dos pioneiros, mas sim, somente, totalmente, e acima de tudo, pela Bíblia. Apesar de que a maioria dos pioneiros da IASD fosse formada de anti-trinitarianos e semi-arianos, se eles tivessem vivido um século para acompanhar todo o crescimento de compreensão bíblica desta igreja, eles teriam, com certeza, tornado-se trinitarianos, pois eram sinceros no que criam. Isso os diferencia bruscamente dos antitrinitarianos de hoje que, acima disto, são dissidentes apóstadas disfarçados de santas ovelhas. Leia mais sobre estas mudanças doutrinárias ao longo da história dessa igreja em "Em Busca de Identidade".
Um abraço,
Pr. Valdeci Júnior
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Um comentário:
ok. mudanca admitida mas qual a real motivacao ou causa e quanto a aparente menor importancia do espirito?
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