Dia dos pais
Amanhã comemora-se no Brasil, mais um dia dos pais. E nesse segundo domingo de maio, milhares de famílias se reúnem para celebrar mais uma data ao lado do pai querido, seja ele como for. Dizem que a origem da comemoração do dia dos pais , se deu há 4.000 na Babilônia, quando um jovem resolveu presentear o pai com um cartão esculpido na argila, algo bem original.
Relembro que na minha infância, a semana do dia dos pais era aguardada com emoção, pois na escola fazíamos uma lembrancinha, tipo uma gravata com uma caneta, um cartãozinho, entre outros. Fora o presente que providenciávamos durante a semana, claro, com dinheiro ganho do pai, mas que recebia tudo com muita alegria. Depois tinha um almoço especial com todo mundo reunido. Meu pai sempre foi um homem responsável, trabalhador, digno, honesto e muito brincalhão. Nos fins de semana lotava o carro de crianças e levava para brincar no parque de diversões que havia na praça. Em um desses dias quando eu tinha aproximadamente 6 anos, na emoção da brincadeira, eu passei em frente aos balanços, onde meu pai havia recomendado muito para que tomasse cuidado, pois poderia me machucar. Uma amiga minha mais velha que eu estava balançando e o balanço bateu com tudo em minha testa e eu cai. Acordei minutos depois, já dentro do hospital, que por sorte era em frente ao parque. A primeira pessoa que vi foi meu pai do lado do médico, que assim que abri os olhos me deu uma baita bronca: _Viu, o que acontece com quem desobedece?, eu nem me importei com a bronca, pois sabia que mesmo bravo, meu pai estava do meu lado. Levei alguns pontos e voltei para casa, louca para chegar o parque de novo.
Passado vários anos, estava eu, meu pai, minha mãe e meu sobrinho Gabriel, de férias no Maranhão, após andar na beira mar, conhecer o trabalho dos pescadores e das mulheres rendeiras, avistamos um parquinho na beira da praia, e sem dizer nenhuma palavra todos, com exceção da minha mãe, corremos para o parque e brincamos no balanço, na gangorra, gira-gira, subimos no castelinho, entre outros. Minha mãe ficou de longe, indignada de ver 4 adultos como se fossem crianças. Mas de todos os momentos da viajem, aquele foi um dos mais legais, pois relembrei as inúmeras vezes que fui na companhia do meu pai brincar no parque. Tiramos bastante fotos, e nos divertimos muito com a brincadeira de criança.
Fico imaginando como seria minha infância sem meu pai, pois algumas vezes que ele viajava de São Paulo para o Tocantins, a tristeza tomava conta e as brincadeiras não tinham graça. Os dias que ele ficava longe, eram intermináveis. E saber que muitas crianças, nunca tiveram um pai para brincar, para dar carinho, amor e sustento. Um verdadeiro pai, ensina seu filho a crescer no bom caminho, e além de amor, dá a ele condições de ser feliz como criança. Infelizmente algumas pessoas apenas tem o nome de pai, porque não dão aos seus filhos subsidio para viver, crescer, se desenvolver e se tornar um adulto realizado. Portanto, agradeço a Deus por meu pai, que mesmo com alguns defeitos, sempre foi o melhor pai do mundo!!!!
Luciana Oliveira é jornalista e administradora de um dos melhores blogs em Araguaina
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