Um espaço aberto para compartilhar e debater notícias e temas atuais relacionados com a Bíblia e vida espiritual. As matérias publicadas aqui não representam necessariamente a opinião do criador deste blog, mas dos seus autores. O moderador deste blog não se responsabiliza por comentários e opiniões de terceiros. Manoel Barbosa da Silva é pastor jubilado da Igreja Adventista do Sétimo Dia e atualmento reside em Anápolis Goiás
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terça-feira, 6 de abril de 2010
O Homem Precisa de Duas Pernas
Por falta de tempo, fiquei quase dois meses sem postar nada no blog do nezin. Estou voltando com novas matérias. espero que os meus leitores e seguidores retornem ao nosso convivio.
Estou recomeçando com um artigo de um grande amigo, Dr. Klemens Rabelo.
Vale a pena ler até ao fim
O Homem Precisa de Duas Pernas
O homem precisa de duas pernas para andar, ou seja, duas colunas para se sustentar: seu Deus e uma companheira. Essas duas colunas na vida de um homem são específicas. Não serve qualquer deus e nem todas as mulheres têm as qualidades de uma companheira.
A primeira coluna é a mais importante. Não sei se em outros tempos foi assim, mas, hoje, nós imaginamos que somos deuses; e se não o somos, dele não precisamos, já que somos capazes de solucionar todos os nossos problemas espirituais, psicológicos, financeiros, etc.
Alguns homens do passado bem que tentaram sê-lo. No império babilônico, Nabucodonosor invocou para si adoração. Os imperadores romanos buscaram a glória e os faraós do Egito a imortalidade.
Por falar em imortalidade, é justamente isso que almejamos. A morte é a frustração do nosso sonho de viver para sempre, ela é a única certeza da humanidade. É por conta dessa certeza que eternizamos os momentos de várias maneiras. Uma dessas maneiras é o poder. Seja ele financeiro, político, ou o poder da força materializado na chantagem, na ameaça e em outras formas.
Exploramos, também, a sexualidade como fonte inesgotável de vida e de juventude. Entregamo-nos ao prazer sexual, porque um dia ele acabará. Sem regra ou pudor, nem respeito a si próprio, a sexualidade do homem perdeu a referência do que é belo e bom, cedendo lugar para o que é vulgar motivado pelo desejo sem limite.
Pensamos ser imortais. Pelo menos enquanto vivermos. Atropelamos o que passar pela frente nessa conquista. Prazer e vaidade, poder e prestígio, nisso se resume a eternidade do homem. Se há outro deus além do homem … pode até existir, indubitavelmente é ignorado.
A eternidade proposta pelo homem não traz paz, nem equilíbrio para a alma. Não há limites para o poder, prestígio, prazer e vaidade, até porque a propulsão deles se chama desejo. Quem se entrega a isso, na cegueira do ser, se realiza. Não vê nada além da satisfação pessoal.
Contrapondo-se aos parâmetros da eternidade humana não está outro deus, mas princípios básicos de um suposto reino vindouro. São eles: renúncia, humildade, amor e perdão. Os que buscam viver segundo esses princípios, descobrem o quanto são carentes de uma “fonte de água viva”. A busca pela fonte do bem começa com a decepção do ego, do vazio da alma e do confronto consigo mesmo.
O abandono da eternidade humana para uma suposta eternidade divina, nada mais é do que a prática, nos relacionamentos, dos princípios de um Deus desconhecido. Reconhecer a falência da proposta humana é o primeiro passo para a mais difícil luta já travada no íntimo de cada um: negar a si mesmo em favor de outrem. Descobre-se que há um Deus. Começa a busca pelo Criador.
O encontro com Deus é o confronto do homem consigo mesmo frente ao parâmetro Divino. Frente a frente comparamos o amor com o ódio; o perdão e a guerra; a vaidade e o desprendimento; a humildade e a exaltação. Outros seres devem tomar o espaço do ego: Deus, o Criador, e os nossos semelhantes. Já não se vive mais para si, mas para outros. A eternidade Divina, para o homem, começa com a morte da eternidade humana.
A outra coluna do homem é a mulher que ele a chama de companheira, auxiliadora, amiga, destino de seu amor e dedicação, por quem se entrega a própria vida em favor da felicidade dela. Por isso, ela é especial. O livro bíblico de Provérbios dedica o último capítulo em uma canção de aplauso a esse ser sublime. Não é à toa que o texto começa com a pergunta: “Mulher virtuosa, quem a achará?” Daí pra frente discorrem palavras de elogio e numerosas qualidades sobre a beleza dessa mulher.
Victor Hugo descreve a mulher com belas palavras. Em seu poema “O Homem e a Mulher”, ele exalta a mulher como o mais belo dos ideais, capaz de todos os martírios. Para o poeta ela é um anjo inefável, poesia que deslumbra; rouxinol que canta. Por fim, conclui sua poesia dizendo “o homem está colocado onde termina a terra e a mulher onde começa o céu”.
A mulher é a expressão material de Deus a quem o homem devota o mais puro amor. Amar a mulher, por via transversa, é amar a Deus. Por isso, ela é um presente do Criador ao homem.
Há quem não queira ser presente de ninguém, senão de si mesma e se torna objeto de prazer … do homem. Ela, também, busca se perpetuar; para tanto, segue o caminho da vaidade, da juventude e da beleza. O tempo é covarde com as mulheres, pois não lhe dá nenhuma chance de escapar. Nem a fuga de si desperta clemência da sentença já decretada: a morte do corpo e dos sonhos.
Nesse contexto, o homem encontra segurança e equilíbrio. Feliz é o homem que anda com as pernas certas. Ele vai longe.
Klemens Rabelo
Klemens Rabelo é advogado, Professor de História, e defensor público no Distrito Federal
Estou recomeçando com um artigo de um grande amigo, Dr. Klemens Rabelo.
Vale a pena ler até ao fim
O Homem Precisa de Duas Pernas
O homem precisa de duas pernas para andar, ou seja, duas colunas para se sustentar: seu Deus e uma companheira. Essas duas colunas na vida de um homem são específicas. Não serve qualquer deus e nem todas as mulheres têm as qualidades de uma companheira.
A primeira coluna é a mais importante. Não sei se em outros tempos foi assim, mas, hoje, nós imaginamos que somos deuses; e se não o somos, dele não precisamos, já que somos capazes de solucionar todos os nossos problemas espirituais, psicológicos, financeiros, etc.
Alguns homens do passado bem que tentaram sê-lo. No império babilônico, Nabucodonosor invocou para si adoração. Os imperadores romanos buscaram a glória e os faraós do Egito a imortalidade.
Por falar em imortalidade, é justamente isso que almejamos. A morte é a frustração do nosso sonho de viver para sempre, ela é a única certeza da humanidade. É por conta dessa certeza que eternizamos os momentos de várias maneiras. Uma dessas maneiras é o poder. Seja ele financeiro, político, ou o poder da força materializado na chantagem, na ameaça e em outras formas.
Exploramos, também, a sexualidade como fonte inesgotável de vida e de juventude. Entregamo-nos ao prazer sexual, porque um dia ele acabará. Sem regra ou pudor, nem respeito a si próprio, a sexualidade do homem perdeu a referência do que é belo e bom, cedendo lugar para o que é vulgar motivado pelo desejo sem limite.
Pensamos ser imortais. Pelo menos enquanto vivermos. Atropelamos o que passar pela frente nessa conquista. Prazer e vaidade, poder e prestígio, nisso se resume a eternidade do homem. Se há outro deus além do homem … pode até existir, indubitavelmente é ignorado.
A eternidade proposta pelo homem não traz paz, nem equilíbrio para a alma. Não há limites para o poder, prestígio, prazer e vaidade, até porque a propulsão deles se chama desejo. Quem se entrega a isso, na cegueira do ser, se realiza. Não vê nada além da satisfação pessoal.
Contrapondo-se aos parâmetros da eternidade humana não está outro deus, mas princípios básicos de um suposto reino vindouro. São eles: renúncia, humildade, amor e perdão. Os que buscam viver segundo esses princípios, descobrem o quanto são carentes de uma “fonte de água viva”. A busca pela fonte do bem começa com a decepção do ego, do vazio da alma e do confronto consigo mesmo.
O abandono da eternidade humana para uma suposta eternidade divina, nada mais é do que a prática, nos relacionamentos, dos princípios de um Deus desconhecido. Reconhecer a falência da proposta humana é o primeiro passo para a mais difícil luta já travada no íntimo de cada um: negar a si mesmo em favor de outrem. Descobre-se que há um Deus. Começa a busca pelo Criador.
O encontro com Deus é o confronto do homem consigo mesmo frente ao parâmetro Divino. Frente a frente comparamos o amor com o ódio; o perdão e a guerra; a vaidade e o desprendimento; a humildade e a exaltação. Outros seres devem tomar o espaço do ego: Deus, o Criador, e os nossos semelhantes. Já não se vive mais para si, mas para outros. A eternidade Divina, para o homem, começa com a morte da eternidade humana.
A outra coluna do homem é a mulher que ele a chama de companheira, auxiliadora, amiga, destino de seu amor e dedicação, por quem se entrega a própria vida em favor da felicidade dela. Por isso, ela é especial. O livro bíblico de Provérbios dedica o último capítulo em uma canção de aplauso a esse ser sublime. Não é à toa que o texto começa com a pergunta: “Mulher virtuosa, quem a achará?” Daí pra frente discorrem palavras de elogio e numerosas qualidades sobre a beleza dessa mulher.
Victor Hugo descreve a mulher com belas palavras. Em seu poema “O Homem e a Mulher”, ele exalta a mulher como o mais belo dos ideais, capaz de todos os martírios. Para o poeta ela é um anjo inefável, poesia que deslumbra; rouxinol que canta. Por fim, conclui sua poesia dizendo “o homem está colocado onde termina a terra e a mulher onde começa o céu”.
A mulher é a expressão material de Deus a quem o homem devota o mais puro amor. Amar a mulher, por via transversa, é amar a Deus. Por isso, ela é um presente do Criador ao homem.
Há quem não queira ser presente de ninguém, senão de si mesma e se torna objeto de prazer … do homem. Ela, também, busca se perpetuar; para tanto, segue o caminho da vaidade, da juventude e da beleza. O tempo é covarde com as mulheres, pois não lhe dá nenhuma chance de escapar. Nem a fuga de si desperta clemência da sentença já decretada: a morte do corpo e dos sonhos.
Nesse contexto, o homem encontra segurança e equilíbrio. Feliz é o homem que anda com as pernas certas. Ele vai longe.
Klemens Rabelo
Klemens Rabelo é advogado, Professor de História, e defensor público no Distrito Federal
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