Mateus 14: 22-33
Sentados na relva, ao final da tarde, milhares de pessoas se alimentam. Fora um dia especial. Um dia em companhia com Jesus.
Naquele dia, aquela multidão presenciou os inúmeros milagres realizados por Jesus. Ouviu seus ensinos e deleitarem-se com as palavras do divino mestre. Parecia a própria voz de Deus falando.
Porém, o que mais impressionou aquele povo foi o milagre da multiplicação dos pães. Todos participaram dos seus benefícios.
Aquele milagre fê-los lembrar-se de Moisés. Nos dias das peregrinações de Israel pelo deserto, o povo era alimentado com o maná. Lembraram-se também da profecia que dizia: “Surgirá um profeta semelhante a mim. A Ele ouvireis”. Deut. 18
Esta lembrança trouxe ao povo uma convicção: Jesus devia ser o Rei de Israel. Esta convicção gerou esperança. E esta esperança fê-los sonhar. Sonhar com uma nação poderosa, livre e independente de Roma. E ninguém melhor do que Jesus para ser o Rei. Era sábio, simples, amigo e poderoso. Se um soldado fosse ferido na guerra, Ele o curaria. Se faltasse alimento, com poucos recursos Ele alimentaria um exército inteiro. Se viesse uma calamidade á nação, com o seu poder Ele resolveria o problema.
Portanto Jesus era a pessoa certa para governar o país. Era o único capaz de transformar a Judéia em um paraíso. A terra que “mana leite e mel”.
Porém, havia um problema. Jesus não se candidatava ao posto, nem dava sinais de aceitar tal cargo.
Em seu entusiasmo o povo resolve coroá-lo rei imediatamente. Entende que Jesus não demonstra interesse pelo trono por ser modesto e tímido. Deveria, portanto, ser coroado, nem que fosse pela força.
Os discípulos se unem à multidão, em declarar que o trono de Davi é uma herança legítima de Jesus. Pois este é descendente direto daquele Rei.
E assim eles tomam as providências para naquele dia declarar a independência de Israel, e coroar um novo rei no lugar de Herodes.
Jesus vê o que está em andamento. Compreende o que eles não podem compreender: que aquele movimento só traria morte e violência, caso fosse levado adiante. Que os fariseus, tão inimigos de Jesus, seriam os primeiros a denunciá-los aos romanos. Exércitos inteiros invadiriam a Judéia e as conseqüências seriam trágicas.
Chamando os discípulos Jesus ordena-lhes que entrem no barco e voltem imediatamente para Cafarnaum, enquanto ele fica para despedir a multidão.
Os discípulos não aceitam a ordem do mestre e protestam. Querem continuar com o povo. Porém Jesus fala com tanta autoridade, que eles não ousam desobedecer.
Jesus despede a multidão, e usa mais uma vez sua autoridade para dissuadir alguns mais afoitos que queriam continuar no seu propósito.
Despedida a multidão, o Mestre sobe ao monte para orar. Durante horas continuou em súplica perante o Pai. Não ora por Si mesmo. Ora pelos homens. Rogava poder para revelar aos mesmos o divino caráter da sua missão. Orava também pelos discípulos, pois sabia que eles seriam duramente provados. Que os sonhos de grandeza alimentados por eles seriam desfeitos e que em vez de trono teriam uma cruz. Haveriam de testemunhar-lhe a cruxificção. Jesus pedia para eles o Espírito Santo, pois sem este, na certa fracassariam.
Enquanto isto...
Os discípulos não foram a Cafarnaum como foi ordenado. Ficaram no barco aguardando Jesus voltar. E enquanto aguardavam, murmuravam. Murmuravam porque Jesus não lhes permitiu coroá-lo Rei. E perguntavam: “Porque Ele não quer ser rei?” “Será que Ele é mesmo o Messias?” “Por que os sacerdotes que são tão cultos, e conhecem tão bem as profecias, não O aceitam e nem O reconhecem como o Enviado?” “Não será Ele um impostor?” “Não estamos perdendo nosso tempo?”
Enquanto Jesus orava por eles, eles duvidavam de Jesus. Esqueciam de tudo que já haviam presenciado e se entregavam a dúvidas sem fundamento. Por fim resolveram partir deixando Jesus, afinal, já escurecia.
Quando estavam em alto mar, violenta tempestade se aproxima sem que estivessem preparados para ela. Subitamente o céu se cobre de nuvens e o vento sopra violentamente.
Atemorizados esquecem o aborrecimento, a incredulidade e impaciência. Todos trabalham para impedir que o barco vá a pique.
Com os remos pelejam até a madrugada e a tempestade intensifica até o momento em que sentem-se totalmente perdidos.
Sentem necessidade de Jesus. Anelam sua presença. Sabem que se Jesus ali estivesse, estariam em segurança.
É nesta hora que Jesus aparece. Pelo clarão do relâmpago, os discípulos vêem um vulto que caminha por sobre as águas. Ficam com medo pensando ser um fantasma. Mas Jesus lhes diz: “Não temais sou eu”.
Pedro num desafio pede: “Se és Tu, mandas que eu vá me encontrar contigo por sobre as águas.” Jesus diz: “Vem.” E Pedro foi.
Com alegria Pedro caminha por sobre as águas, porém volta-se para os companheiros e perde a Jesus de vista. O vento ruge, uma onda sobe, se interpõe entre ele e o Mestre, e Pedro afunda na escuridão das águas. Porém antes de submergir, ele grita: “Senhor salva-me!” Jesus estende a mão, o segura, e diz: “Homem de pequena fé porque duvidaste?”.
De mãos dadas os dois entram no barco e a uma ordem do Mestre, o mar serena, a tempestade passa, e a aurora brilhante anuncia um novo dia na terra e na vida dos discípulos.
O dia já era claro quando eles chegaram a Cafarnaum
Lições
O milagre da multiplicação dos pães foi registrado para nos impressionar na caminhada cristã. Eis algumas lições:
1º - É o poder de Cristo que nos alimenta continuamente. O pão que vai a nossa mesa todo o dia é ainda uma demonstração do cuidado de Jesus por nós. Ele não fornece somente o alimento físico, mas o alimento espiritual também.
Quando nos aproximamos de Jesus através da leitura da Bíblia e pela oração, nossa alma é saciada plenamente.
2º - Jesus fica triste e preocupado quando seus seguidores alimentam dúvidas sem sentido em relação a sua pessoa ou sua igreja, e quando esquecem as muitas bênçãos que recebem diariamente e passam a duvidar do poder e da bondade divina.
Quantos que já trilharam conosco esse caminho, que foram fiéis missionários, hoje estão a margem da estrada, fora da igreja, porque à semelhança dos apóstolos, esqueceram essa tão bela mensagem e deram lugar a dúvidas em seus corações.
Os apóstolos ainda volveram a tempo. E esses que hoje estão longe criticando a igreja, também poderão voltar se derem lugar no barco da vida para que Jesus possa entrar e ali fazer um milagre.
3º - As aflições muitas vezes são permitidas para que possamos sentir nossa dependência de Deus. Para podermos clamar por Ele e desejar a Sua companhia.
“Os que deixam de compreender sua contínua dependência de Cristo, serão vencidos pela tentação”. DTN. 382.
4º - Vivemos em um mundo em tempestades.
Tempestades de doenças, desastres, ódio, vingança, imoralidade, pornografia, incredulidade, misticismo, fanatismo... São ondas de toda sorte cada uma mais ameaçadora que a outra. Ondas que ameaçam naufragar o barco da nossa fé.
Porém lá do alto Cristo contempla nossa luta e vem em nosso socorro. Ele não permite que seus filhos lutem sozinhos, mas lhes traz palavras de esperança, e diz: ”Não temas, sou Eu”.
5º - Não devemos deixar de olhar para Jesus. Enquanto estivermos com os olhos fitos na Sua pessoa, as águas furiosas nos serão como terra firme. Ao seu lado nossa segurança é garantida.
6º - Depois da tempestade vem a bonança. A noite de trevas é seguida da aurora de luz. Não há tristeza que dure para sempre, não há angústia que não se acabe, depois do choro vem o riso, principalmente se temos Jesus.
7º - Cristo não chama seus filhos para deixá-los perecer. Se Ele diz vem, pode confiar e se você se sentir um náufrago, clame que Ele te responderá.
Muitos ainda estão longe de Cristo, por medo de sair do barco, enfrentar o mar aberto e ser engolido pelas ondas. Esquecem que Aquele que os chama, tem poder para acalmar todas as tempestades.
Que possamos deixar Cristo guiar o barco da nossa vida. Com Ele no leme, estaremos salvos.
Amém
Sentados na relva, ao final da tarde, milhares de pessoas se alimentam. Fora um dia especial. Um dia em companhia com Jesus.
Naquele dia, aquela multidão presenciou os inúmeros milagres realizados por Jesus. Ouviu seus ensinos e deleitarem-se com as palavras do divino mestre. Parecia a própria voz de Deus falando.
Porém, o que mais impressionou aquele povo foi o milagre da multiplicação dos pães. Todos participaram dos seus benefícios.
Aquele milagre fê-los lembrar-se de Moisés. Nos dias das peregrinações de Israel pelo deserto, o povo era alimentado com o maná. Lembraram-se também da profecia que dizia: “Surgirá um profeta semelhante a mim. A Ele ouvireis”. Deut. 18
Esta lembrança trouxe ao povo uma convicção: Jesus devia ser o Rei de Israel. Esta convicção gerou esperança. E esta esperança fê-los sonhar. Sonhar com uma nação poderosa, livre e independente de Roma. E ninguém melhor do que Jesus para ser o Rei. Era sábio, simples, amigo e poderoso. Se um soldado fosse ferido na guerra, Ele o curaria. Se faltasse alimento, com poucos recursos Ele alimentaria um exército inteiro. Se viesse uma calamidade á nação, com o seu poder Ele resolveria o problema.
Portanto Jesus era a pessoa certa para governar o país. Era o único capaz de transformar a Judéia em um paraíso. A terra que “mana leite e mel”.
Porém, havia um problema. Jesus não se candidatava ao posto, nem dava sinais de aceitar tal cargo.
Em seu entusiasmo o povo resolve coroá-lo rei imediatamente. Entende que Jesus não demonstra interesse pelo trono por ser modesto e tímido. Deveria, portanto, ser coroado, nem que fosse pela força.
Os discípulos se unem à multidão, em declarar que o trono de Davi é uma herança legítima de Jesus. Pois este é descendente direto daquele Rei.
E assim eles tomam as providências para naquele dia declarar a independência de Israel, e coroar um novo rei no lugar de Herodes.
Jesus vê o que está em andamento. Compreende o que eles não podem compreender: que aquele movimento só traria morte e violência, caso fosse levado adiante. Que os fariseus, tão inimigos de Jesus, seriam os primeiros a denunciá-los aos romanos. Exércitos inteiros invadiriam a Judéia e as conseqüências seriam trágicas.
Chamando os discípulos Jesus ordena-lhes que entrem no barco e voltem imediatamente para Cafarnaum, enquanto ele fica para despedir a multidão.
Os discípulos não aceitam a ordem do mestre e protestam. Querem continuar com o povo. Porém Jesus fala com tanta autoridade, que eles não ousam desobedecer.
Jesus despede a multidão, e usa mais uma vez sua autoridade para dissuadir alguns mais afoitos que queriam continuar no seu propósito.
Despedida a multidão, o Mestre sobe ao monte para orar. Durante horas continuou em súplica perante o Pai. Não ora por Si mesmo. Ora pelos homens. Rogava poder para revelar aos mesmos o divino caráter da sua missão. Orava também pelos discípulos, pois sabia que eles seriam duramente provados. Que os sonhos de grandeza alimentados por eles seriam desfeitos e que em vez de trono teriam uma cruz. Haveriam de testemunhar-lhe a cruxificção. Jesus pedia para eles o Espírito Santo, pois sem este, na certa fracassariam.
Enquanto isto...
Os discípulos não foram a Cafarnaum como foi ordenado. Ficaram no barco aguardando Jesus voltar. E enquanto aguardavam, murmuravam. Murmuravam porque Jesus não lhes permitiu coroá-lo Rei. E perguntavam: “Porque Ele não quer ser rei?” “Será que Ele é mesmo o Messias?” “Por que os sacerdotes que são tão cultos, e conhecem tão bem as profecias, não O aceitam e nem O reconhecem como o Enviado?” “Não será Ele um impostor?” “Não estamos perdendo nosso tempo?”
Enquanto Jesus orava por eles, eles duvidavam de Jesus. Esqueciam de tudo que já haviam presenciado e se entregavam a dúvidas sem fundamento. Por fim resolveram partir deixando Jesus, afinal, já escurecia.
Quando estavam em alto mar, violenta tempestade se aproxima sem que estivessem preparados para ela. Subitamente o céu se cobre de nuvens e o vento sopra violentamente.
Atemorizados esquecem o aborrecimento, a incredulidade e impaciência. Todos trabalham para impedir que o barco vá a pique.
Com os remos pelejam até a madrugada e a tempestade intensifica até o momento em que sentem-se totalmente perdidos.
Sentem necessidade de Jesus. Anelam sua presença. Sabem que se Jesus ali estivesse, estariam em segurança.
É nesta hora que Jesus aparece. Pelo clarão do relâmpago, os discípulos vêem um vulto que caminha por sobre as águas. Ficam com medo pensando ser um fantasma. Mas Jesus lhes diz: “Não temais sou eu”.
Pedro num desafio pede: “Se és Tu, mandas que eu vá me encontrar contigo por sobre as águas.” Jesus diz: “Vem.” E Pedro foi.
Com alegria Pedro caminha por sobre as águas, porém volta-se para os companheiros e perde a Jesus de vista. O vento ruge, uma onda sobe, se interpõe entre ele e o Mestre, e Pedro afunda na escuridão das águas. Porém antes de submergir, ele grita: “Senhor salva-me!” Jesus estende a mão, o segura, e diz: “Homem de pequena fé porque duvidaste?”.
De mãos dadas os dois entram no barco e a uma ordem do Mestre, o mar serena, a tempestade passa, e a aurora brilhante anuncia um novo dia na terra e na vida dos discípulos.
O dia já era claro quando eles chegaram a Cafarnaum
Lições
O milagre da multiplicação dos pães foi registrado para nos impressionar na caminhada cristã. Eis algumas lições:
1º - É o poder de Cristo que nos alimenta continuamente. O pão que vai a nossa mesa todo o dia é ainda uma demonstração do cuidado de Jesus por nós. Ele não fornece somente o alimento físico, mas o alimento espiritual também.
Quando nos aproximamos de Jesus através da leitura da Bíblia e pela oração, nossa alma é saciada plenamente.
2º - Jesus fica triste e preocupado quando seus seguidores alimentam dúvidas sem sentido em relação a sua pessoa ou sua igreja, e quando esquecem as muitas bênçãos que recebem diariamente e passam a duvidar do poder e da bondade divina.
Quantos que já trilharam conosco esse caminho, que foram fiéis missionários, hoje estão a margem da estrada, fora da igreja, porque à semelhança dos apóstolos, esqueceram essa tão bela mensagem e deram lugar a dúvidas em seus corações.
Os apóstolos ainda volveram a tempo. E esses que hoje estão longe criticando a igreja, também poderão voltar se derem lugar no barco da vida para que Jesus possa entrar e ali fazer um milagre.
3º - As aflições muitas vezes são permitidas para que possamos sentir nossa dependência de Deus. Para podermos clamar por Ele e desejar a Sua companhia.
“Os que deixam de compreender sua contínua dependência de Cristo, serão vencidos pela tentação”. DTN. 382.
4º - Vivemos em um mundo em tempestades.
Tempestades de doenças, desastres, ódio, vingança, imoralidade, pornografia, incredulidade, misticismo, fanatismo... São ondas de toda sorte cada uma mais ameaçadora que a outra. Ondas que ameaçam naufragar o barco da nossa fé.
Porém lá do alto Cristo contempla nossa luta e vem em nosso socorro. Ele não permite que seus filhos lutem sozinhos, mas lhes traz palavras de esperança, e diz: ”Não temas, sou Eu”.
5º - Não devemos deixar de olhar para Jesus. Enquanto estivermos com os olhos fitos na Sua pessoa, as águas furiosas nos serão como terra firme. Ao seu lado nossa segurança é garantida.
6º - Depois da tempestade vem a bonança. A noite de trevas é seguida da aurora de luz. Não há tristeza que dure para sempre, não há angústia que não se acabe, depois do choro vem o riso, principalmente se temos Jesus.
7º - Cristo não chama seus filhos para deixá-los perecer. Se Ele diz vem, pode confiar e se você se sentir um náufrago, clame que Ele te responderá.
Muitos ainda estão longe de Cristo, por medo de sair do barco, enfrentar o mar aberto e ser engolido pelas ondas. Esquecem que Aquele que os chama, tem poder para acalmar todas as tempestades.
Que possamos deixar Cristo guiar o barco da nossa vida. Com Ele no leme, estaremos salvos.
Amém
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