ELLEN WHITE
Livro "A Igreja Remanescente" pág. 58 -68
Outra Carta
Wellington, Nova Zelândia, 11 de junho de 1893
Caro Irmão C:
O Senhor não vos deu uma mensagem para chamar os Adventistas do Sétimo Dia, Babilônia, e chamar o povo de Deus a sair dela. Todas as razões que possais apresentar não podem, quanto a mim, ter peso nesse assunto, porque o Senhor me deu decisivo esclarecimento em oposição a tal mensagem.
Não duvido de vossa sinceridade e honestidade. Tenho escrito, em diversas ocasiões, longas cartas aos que estavam acusando a Igreja dos adventistas do sétimo dia de ser Babilônia, de que não estavam lidando com a verdade. Pensais que pessoas me têm incutido preconceitos no espírito. Se me encontro neste estado, não sou apta a que se me confie a obra de Deus. Mas esse assunto me foi apresentado à mente em outros casos em que indivíduos pretenderam ter mensagens de caráter idêntico para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi-me dada a palavra: "Não os creiais." "Eu não os enviei, e todavia eles correram."
Deus está guiando a saída de um povo. Ele tem um povo, uma igreja na Terra, os quais Ele tornou depositários de Sua lei. Confiou-lhes sagrado depósito e verdade eterna para ser dada ao mundo. Ele os reprovaria e corrigiria. A mensagem aos laodiceanos aplica-se aos adventistas do sétimo dia que têm tido grande esclarecimento e não têm andado na luz. São aqueles que têm feito grande profissão, mas não andado a par com seu Líder, que serão vomitados de Sua boca, a menos que se arrependam. A mensagem que declara a Igreja Adventista do Sétimo Dia Babilônia, e chama o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus.
Diz a Testemunha Verdadeira: “Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todo quanto amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo. “Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no Meu trono, assim como Eu venci e Me assentei com Meu Pai no Seu trono.” Apoc. 3:18-21. pág. 60
"Eu Repreendo e Castigo"
Jesus vem para dar aos membros da Igreja, individualmente, as mais ricas bênçãos, uma vez que eles Lhe abram a porta. Ele não os chama nem uma vez Babilônia, nem pede que saiam. Mas diz: "Eu repreendo e castigo a todo quanto amo” Apoc. 3:19 (com mensagens de reprovação e advertência). Essas reprovações, eu não ignoro. Tenho dado advertências porque o Espírito do Senhor me tem constrangido a fazê-lo, e tenho proferido reprovações porque o Senhor me tem dado palavras de reprovação. Não tenho recuado de declarar todo o conselho de Deus, que me tem sido dado para a Igreja. Direi no temor de Deus: Sei que o Senhor tem pensamentos de amor e misericórdia para restaurá-los e curá-los de todas as suas prevaricações. Ele tem uma obra para a Sua Igreja fazer. Ela não deve ser declarada Babilônia, mas ser o sal da Terra, a luz do mundo. Devem ser os mensageiros vivos para proclamar uma mensagem viva nestes últimos dias.
A Igreja não Deve Ser Esfacelada
Digo novamente: O Senhor não falou por nenhum mensageiro que chame a igreja que observa os mandamentos de Deus, Babilônia. É verdade que há joio com o trigo, mas Cristo disse que enviaria Seus anjos para juntar primeiro o joio e atá-lo em molhos para ser queimado, mas recolher o trigo no celeiro. Sei que o Senhor ama Sua Igreja. Ela não deve ser desorganizada ou esfacelada em átomos independentes. Não há nisto a mínima coerência; não existe a mínima evidência de que tal coisa venha a se dar. Aqueles que derem ouvidos a essa falsa mensagem e procurarem fermentar outros, serão enganados e preparados para receber mais avançados enganos, e virão a nada. Há em alguns dos membros da Igreja orgulho, presunção, obstinada incredulidade, e recusa a ceder em suas idéias, embora se amontoe prova sobre prova, que faz aplicável a mensagem à igreja de Laodicéia. Mas isto não extinguirá a Igreja. Deixai que tanto o joio como o trigo cresça juntos até à ceifa. Então os anjos é que farão à obra de separação.
Advirto a Igreja Adventista do Sétimo Dia a ser cuidadosa quanto à maneira por que recebeis toda idéia nova e aqueles que pretendem ter grande iluminação. O caráter de sua obra parece ser acusar e despedaçar. Dêem os crentes ouvidos à voz do anjo que disse à igreja: "Uni-vos." Na união está a vossa força. Amai como irmãos, sede compassivos, corteses. Deus tem uma Igreja, e Cristo declarou: "As portas do inferno não prevalecerão contra ela." Mat. 16:18. Os mensageiros que o Senhor envia apresentam as credenciais divinas. Review and Herald, 19 de setembro de 1893.
III. A Igreja Triunfante
Uma Segurança Freqüentemente Repetida
Pág. 62
O Pai ama hoje Seu povo como ama Seu próprio Filho. Algum dia teremos a oportunidade de vê-Lo face a face. Manuscrito 103, 1903.
Devemos lembrar-nos de que a Igreja, débil e defeituosa como possa ser, é o único objeto na Terra ao qual Cristo dispensa Seu supremo cuidado. Ele a guarda constantemente com Sua solicitude, e a fortalece pelo Seu Espírito. Manuscrito 155, 1902.
Confiai na proteção de Deus. Sua igreja deve ser ensinada. Débil e defeituosa como possa ser, é ela o objeto de Seu supremo cuidado. Carta 279, 1904.
Sempre Ganhando Terreno
A igreja deve crescer em atividade e alargar seus limites. Nossos esforços missionários devem ser expansivos; temos de alargar nossos limites. ...
Conquanto haja violentas lutas no esforço de mantermos nosso caráter distintivo, contudo, como cristãos bíblicos, devemos estar sempre ganhando terreno. Lembremo-nos de que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria; devemos trabalhar com fervor, orando para que a graça salvadora de Deus nos instrua em cada passo. Sempre devemos procurar certificar-nos da vontade do Senhor, e andar em harmonia com ela. Prossigamos em conhecer o Senhor, ao qual conhecer corretamente significa vida eterna. Carta 170, 1907.
A prova que tivemos, nos últimos cinqüenta anos, da presença do Espírito de Deus em nós, como um povo, suportará a prova dos que se enfileiram ao lado do inimigo e concentram suas energias contra a mensagem de Deus. Carta 356, 1907.
Eu vos escrevo estas coisas, meus irmãos, embora todos vós não possais compreendê-las plenamente. Se eu não cresse que os olhos de Deus estão sobre Seu povo, eu não teria tido ânimo de escrever repetidamente as mesmas coisas. ... Deus tem um povo a quem Ele dirige e instrui. Carta 378, 1907.
Sou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia de todo o mundo: Deus nos chamou como um povo para ser um tesouro peculiar para Ele. Ele determinou que Sua igreja na Terra permaneça perfeitamente unida no Espírito e no conselho do Senhor dos Exércitos no fim do tempo. Carta 54, 1908.
Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como atalaias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção.
As mais solenes verdades já confiadas a mortais nos foram dadas, para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser nossa obra.
Nada neste mundo é tão caro a Deus como Sua igreja. Com zeloso cuidado Ele guarda os que O buscam. Nada desgosta tanto a Deus como o se empenharem os servos de Satanás em despojar Seu povo de seus direitos. O Senhor não abandonou Seu povo. Satanás lhes aponta os erros cometidos, e procura fazê-los crer que, dessa forma, se separaram a si mesmos de Deus. Anjos maus procuram de todas as formas, desanimar os que lutam pela vitória sobre o pecado. Esses anjos exibem diante deles sua indignidade passada, e apresentam seu caso como sem esperança. Carta 136, 1910. 11
Nosso Nome Denominacional
Pág. 65
Foi-me mostrado o modo por que o povo remanescente de Deus obteve seu nome. Duas classes de pessoas me foram apresentadas. Uma abrangia as grandes corporações de cristãos professos. Estes tripudiavam sobre a lei divina, inclinando-se diante de uma instituição papal. Observavam o primeiro dia da semana em vez do sábado do Senhor. A outra classe, posto que pequena em número, tributava obediência ao grande Legislador. Estes guardavam o quarto mandamento. As feições peculiares e preeminentes de sua fé são a observância do sétimo dia e a expectativa da volta de Cristo nas nuvens do céu.
Não podemos adotar outro nome mais apropriado do que esse que concorda com a nossa profissão, exprime a nossa fé e nos caracteriza como povo peculiar. O nome Adventista do Sétimo Dia é uma contínua repreensão ao mundo protestante. É aqui que está a linha divisória entre os que adoram a Deus e os que adoram a besta e recebem seu sinal. O grande conflito é entre os mandamentos de Deus e as exigências da besta. E porque os santos guardam todos os mandamentos de Deus, que o dragão lhes move guerra. Se rebaixassem seu padrão e cedessem nas particularidades de sua fé, o dragão estaria satisfeito; mas provocam sua ira por ousarem exaltar o padrão e promover o estandarte de oposição ao mundo protestante que reverencia uma instituição do papado.
O nome Adventista do Sétimo Dia exibe o verdadeiro caráter de nossa fé e será próprio para persuadir os espíritos indagadores. Como uma flecha da aljava do Senhor, fere os transgressores da lei divina, induzindo ao arrependimento e à fé no Senhor Jesus Cristo.
Foi-me mostrado que quase todos os fanáticos, que surgem, no desejo de ocultar seus verdadeiros sentimentos a fim de iludir outros, afirmam pertencer à igreja de Deus. Esse nome havia por isso de despertar imediatamente suspeitas, porque é usado para ocultar os erros mais absurdos. É demasiadamente vago para designar o povo remanescente de Deus. Demais, daria lugar à suspeita de que temos uma fé que desejamos ocultar. Testimonies, vol. 1, págs. 223 e 224. pág. 66
Somos adventistas do sétimo dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: "Não, não! Não nos envergonhamos. É o nome que o Senhor nos deu. Esse nome indica a verdade que deve ser o teste das igrejas." Carta 110, 1902.
Somos adventistas do sétimo dia, e desse nome nunca nos devemos envergonhar. Cumpre-nos, como um povo tomar firme posição ao lado da verdade e da justiça. Assim glorificaremos a Deus. Havemos de ser livrados de perigos, e não enredados nem corrompidos por eles. Para que isto aconteça, precisamos olhar sempre a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé. Carta 106, 1903.
12
A Associação Geral
Fui muitas vezes instruída pelo Senhor de que o juízo de homem algum deve estar sujeito ao juízo de outro homem qualquer. Quando, porém, o julgamento da Associação Geral, que é a mais elevada autoridade que Deus tem sobre a Terra, é exercido, a independência e o juízo privados não devem ser mantidos, mas submetidos. Testimonies, vol. 3, pág. 492.
Não tive nenhum raio de luz que Ele [o Senhor] me desse para vir a este País [Austrália]. Vim em submissão à voz da Associação Geral, a qual, sempre sustentei ser autoridade. Carta 124, 1896.
Nunca deve a mente de um homem ou de uns poucos homens ser considerada suficiente em sabedoria e autoridade para controlar a obra, e dizer quais os planos que devam ser seguidos. Mas quando numa assembléia geral é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados. Nunca deve um obreiro considerar virtude a persistente conservação de sua atitude de independência, contrariamente à decisão do corpo geral.
Por vezes, quando um pequeno grupo de homens, aos quais se acha confiada a direção geral da obra tem procurado, em nome da Associação Geral, exercer planos imprudentes e restringir a obra de Deus, tenho dito que eu não poderia por mais tempo considerar a voz da Associação Geral, representada por esses poucos homens, como a voz de Deus. Mas isso não equivale a dizer que as decisões de uma Associação Geral composta de uma assembléia de homens representativos e devidamente designados, de todas as partes do campo, não deva ser respeitada. Deus ordenou que os representantes de Sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Associação Geral, devam ter autoridade. O erro que alguns estão em perigo de cometer, é dar à opinião e ao juízo de um homem, ou de um pequeno grupo de homens, a plena medida de autoridade e influência de que Deus revestiu Sua igreja, no juízo e voz da Associação Geral reunida para fazer planos para a prosperidade e progresso de Sua obra.
Quando este poder, que Deus colocou na igreja, é entregue inteiramente a um só homem, e ele é revestido da autoridade de servir de critério para outros espíritos, acha-se então mudada a verdadeira ordem da Bíblia. Os esforços de Satanás sobre o espírito de tal homem seriam os mais sutis, e por vezes quase dominantes; pois o inimigo teria a esperança de, por meio do seu espírito, poder influenciar muitos outros. Demos à mais altamente organizada autoridade na igreja aquilo que somos propensos a dar a um único homem ou a um pequeno grupo de homens. Testimonies, vol. 9, págs. 260 e 261.
Nenhuma Nova Organização
Declarou o Senhor que a história do passado se repetirá, ao começarmos a obra finalizadora. Cada verdade por Ele dada para estes últimos dias deve ser proclamada ao mundo. Cada coluna que Ele ergueu, deve ser fortalecida. Não podemos agora descer dos fundamentos que Deus estabeleceu. Não podemos agora entrar para qualquer organização nova; pois isso significaria apostatar da verdade. 1905, Notebook Leaflet, "The Church", nº 1 (escrito em 24 de dezembro de 1905).
Deus Está ao Leme
Não há necessidade de duvidar, de temer que a obra não terá êxito. Deus está à frente da obra, e Ele porá tudo em ordem. Se, na direção da obra, houver coisas que careçam de ajustamentos, Deus disso cuidará, e operará para corrigir todo erro. Tenhamos fé em que Deus há de pilotar seguramente ao porto a nobre nau que conduz o povo de Deus. Review and Herald, 20 de setembro de 1892.
Um espaço aberto para compartilhar e debater notícias e temas atuais relacionados com a Bíblia e vida espiritual. As matérias publicadas aqui não representam necessariamente a opinião do criador deste blog, mas dos seus autores. O moderador deste blog não se responsabiliza por comentários e opiniões de terceiros. Manoel Barbosa da Silva é pastor jubilado da Igreja Adventista do Sétimo Dia e atualmento reside em Anápolis Goiás
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quinta-feira, 31 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
O BALDE DA SAMARITANA
Introdução
Leitura João 4. 1-30.
Comentário
Jesus sabia, que os fariseus tinham conhecimento que ele batizava mais discípulos do que João, se bem que Jesus mesmo não batizava; quem fazia isto eram os seus discípulos. Mas sabendo que os fariseus eram extremamente ciumentos, e que esta pratica poderia ocasionar uma perseguição antes do tempo, para evitar problemas, resolveu sair da Judéia e voltar para a galiléia·.
Não compensava pra Jesus ter que esta dando explicações aos seus inimigos, nem era seu propósito criar problemas com ninguém. Pois ele sabia que o mais importante era ensinar os seus discípulos e prepara-los para o ministério, do que ele mesmo fazer o trabalho de batizar. Pois quando os seus discípulos estivessem devidamente preparados, fariam um trabalho muito maior. Portanto era mais conveniente deixar o campo, mudar de ares, do que ficar brigando com homens ciumentos e invejosos como os fariseus. E foi o que ele fez. Saiu da Judéia e foi para a galiléia.
O trágico nessa história é saber que Jesus precisou mudar de região por causa dos fariseus.
Os fariseus era o povo mais encrenqueiro entre os Judeus. Estavam sempre procurando confusão com alguém. E o motivo era sempre o mesmo. Fazer com que o povo andasse na linha; estava sempre cobrando de alguém, um comportamento adequado; sempre encontrava em alguém um defeito pra reclamar, ou uma falta pra apontar, e Jesus se tornou o alvo predileto das acusações deles.
Em muitas ocasiões encontramos os fariseus apontando alguma suposta falta em Jesus.
Quando Jesus foi a um banquete na casa de Levi Mateus, eles, os fariseus, reclamaram. ‘Aquilo não era certo pra um líder religioso’ não ficava bem um mestre, estar misturado com pecadores’, diziam.
De outra vez, reclamaram porque Jesus não reclamou de seus discípulos estarem colhendo espigas em dia de sábado.
Reclamaram também porque Jesus curou o homem da mão ressequida em dia de sábado e de outra vez, porque curou o paralítico do tanque de betesda também em dia de sábado. E assim, Jesus não podia dar um passo que eles achavam do que reclamar e chamar a atenção.
Foi por essa razão que Jesus preferiu sair da Judéia e voltar pra galiléia.
Fariseus ainda existem. Estão em quase todas as igrejas. São pessoas que passam a vida reclamando e encontrado defeitos em alguém para criticar. Criticam a roupa desse, ou o alimento daquele. Critica este, porque não faz trabalho missionário e critica o outro, porque não doutrinou direito o candidato ao batismo, e critica ainda, o pastor porque, não visita, prega mal, e só batiza com interesse de fazer numero e ficar famoso na associação.
Critica ainda os anciões, dizendo que eles são fracos e não corrigem a membresia, e deixam os jovens fazerem o que bem querem.
Onde há fariseus a igreja não cresce. Pois eles não a deixam crescer. Onde há fariseu, há muita critica muita fofoca, e membros brigando uns com os outros. Foi por isso que João Batista não os batizava.
Quando João batizava no Jordão, muitos vinham para serem batizados. A cada grupo de pessoas João dava um conselho e os batizava. Mas quando os fariseus perguntaram; e nós o que faremos? A resposta foi dura, chamou-os de raça de víboras, e não os batizou. Lucas 3. 10-14. Mat. 3. 7-9.
Onde há fariseu nem Jesus permanece.
Jesus saiu para a galiléia e no seu caminho tinha que passar pela Samaria. Era estrada real. Só que havia um problema; os judeus não se davam com Samaritanos. E, portanto, não era seguro transitar por aquelas estradas. E para complicar a situação a reserva de alimentos que levavam para a viagem, acabou perto da cidade chamada Sicar, era necessário comprar o alimento, e foram todos, talvez ate pra se protegerem, caso algum samaritano viesse provocá-los.
Jesus ficou só. Como estava cansado, resolveu ficar esperando em uma sombra, perto do poço; o famoso poço que Jacó cavara a mais de dois mil anos antes.
Nisto surge uma mulher, vinha buscar água. Trazia consigo o pote e o balde. Ao avistar o estranho sentado perto do poço, pensou: ’deve ser um judeu viajante’ e como não gostava de judeus, fechou-se em copas, nem ao menos o cumprimentou. Calada estava calada ficou. Começou a tirar a água e encher pote.
Jesus percebeu que ela era todo preconceito, e também sentiu que por traz da sua mascara de frieza, havia um coração aberto a receber a verdade, portanto resolveu conquista-la, e procurou uma maneira inteligente de alcançar aquele coração.
Resolveu pedir um favor. ‘Por favor. Você pode me dar um pouco de água?’ Se ela tinha dúvidas se ele era judeu, agora nenhuma duvida ficou, pelo sotaque dava pra perceber que ele era realmente judeu, e respondeu-lhe com desdém: “Como sendo tu judeu pede água a mim que sou mulher samaritana? Pois os judeus não se dão com samaritanos”. Jesus não se deixou abalar e na maior calma lhe respondeu. ““ Se conheceras o dom de Deus e quem é o que fala contigo, ao invés de negar, tu é quem estaria pedindo água, pois eu tenho condições de te dar água muito melhor que esta que você esta tirando aí, pois eu tenho a verdadeira água, a água viva.”“.
-Senhor - respondeu ela, - você não tem condições de me dar nem desta aqui, pois o poço é fundo, o balde é meu, e eu não te empresto. Como é que tu vai poder me dar água?... Ou tu pensas que é maior que nosso pai Jacó que nos deu esse poço e ele mesmo bebeu, bem com seus filhos, e seu gado?
Mulher, respondeu Jesus, quem bebe desta água, torna a ter sede; mas quem beber da água que eu lhe der, nunca mais torna a ter sede, pelo contrario, ele se torna uma fonte de água que jorra para a vida eterna.
Então me dar dessa água, disse ela com ironia, pois assim eu nunca mais virei aqui buscar desta, já que a água que tu tens é tão poderosa assim.
Vá buscar teu marido. Só na presença dele que eu posso dar. Jesus disse isto porque lhe conhecia a vida e só assim ele poderia entender que estava falando com alguém o messias que há tanto ela esperava.
Acertou em cheio. Com a menção do marido, ela ficou desconcertada, pois a vida dela sempre fora desregrada estava sempre mudando de marido, e ultimamente havia tomado o marido da vizinha, e vivia com ele apesar dos comentários e desaprovação da comunidade. Não tenho marido foi a resposta que ela deu.
Eu sei. Disse Jesus. Você realmente não tem marido. Você já teve cinco, e desses cincos, nenhum era seu. Você os tomou de outras. E agora mesmo você vive com outro; só que este também não é seu. Isto você disse certo. Você não tem marido.
Esta afirmação lhe tocou. Pois ela não esperava que ele lhe conhecesse a vida, e fosse revelar assim na maior calma. Por isto resolveu mudar de assunto. Vejo que você é profeta. Disse. Pois então me responda uma coisa. Qual é a igreja certa?
É claro que ela não disse com essas palavras, ela disse assim: vocês insistem que só devemos adorar em Jerusalém, mas os nossos pais nos ensinaram que devemos adorar no monte gerezim, qual é o lugar certo?
Ela não estava tanto interessa em saber qual era o lugar certo, o que ela queria mesmo, era testar Jesus. Pois todo Judeu, afirmava que só havia um lugar de adoração, Jerusalém. E que só havia uma igreja certa, a deles. E esse era o principal motivo da desavença entre judeus e samaritanos.
Essa discussão era antiga. Começou quando Jeroboão filho de Nebate, revoltado com a opressão de Roboão, o filho de Salomão, dividiu o pais; e formou o reino do norte com a capital em samaria. Para que os samaritanos não voltassem a Jerusalém, Jeroboão construiu no monte de gerezim um lugar de adoração. Com o tempo eles foram se acostumando com o novo lugar, e elementos de culto pagão, foram acrescidos ao ritual deles; ate se tornar uma religião que não tinha nada a ver com a religião praticada em Jerusalém.
Quando os Judeus diziam que o lugar de adoração era em Jerusalém, não estavam errados. Ali era realmente o lugar certo. Foi ali que Salomão construiu o templo com a aprovação divina, e tudo ali apontava pra Jesus. Os pães, o castiçal, o altar, o sacerdote, o cordeiro, tudo simbolizava Jesus. Mesmo assim Jesus não lhe disse de chofre, que ela estava errada em adorar no monte gerezim. Pelo contrario, quando interrogado qual o lugar certo de adoração respondeu: Nem lá nem aqui. Os verdadeiros adoradores não estão preocupados com o local, mas com a maneira certa de adorar. É isso que importa. Os verdadeiros adoradores adorarão o pai, em espírito e em verdade. É esse que o pai procura para seus adoradores.
Essa resposta ela não esperava. Era o primeiro judeu não fanático que ela conhecia, nem insistia em afirmar que sua religião era melhor que a dela. Apesar de que Jesus não lhe escondeu a verdade. Com muito tato lhe disse. Vocês adoram o que não sabem e nos adoramos o que sabemos. Mas para Deus o que vale é a adoração pura e em espírito e em verdade.
Eu sei, respondeu ela, que um dia virá o messias, e quando ele vier, falará assim com sabedoria e dirá tudo o que você esta falando.
Pois o Messias sou eu. Eu que falo contigo.
Ela creu. E esqueceu ate que viera buscar água, deixou o pote, deixou o balde e correu pra cidade, foi em busca de outras pessoas para conhecer aquele que falava com tanta sabedoria, e que apesar de conhecer sua vida não lhe pregou um sermão, não lhe tratou mal, nem a discriminou; mas pelo contrario; tratou-lhe bem e demonstrou afeto e respeito.
Com o seu testemunho quase toda a cidade desceu para conhecer aquele que aquela mulher falava com tanta convicção.
Nesse ínterim, os discípulos voltaram e ainda viram Jesus conversando com a mulher, e ate ficaram admirados de verem Jesus conversando com uma estranha. Ofereceram-lhe a comida e ele rejeitou. Disse que não estava com fome. Então eles perguntaram? Quem lhe trouxe comida? Ele respondeu. Vocês dizem que ainda faltam meses para o tempo da colheita e eu lhes digo que o tempo já chegou. Levantai os olhos e vejam, os campos estão brancos para a ceifa. Então olharam e viram uma multidão que descia apressada para ver e ouvir Jesus.
Aplicação
Deste episódio aprendemos algumas lições
a) Atitude farisaica só atrapalha o crescimento da igreja. Pois até Jesus se afasta e vai à procura de outros lugares. Jesus mudou de lugar porque os fariseus eram contra ele batizar, ainda hoje há fariseus que são contra o batismo; a menos que o batizando já esteja totalmente puro, quase sendo trasladado.
b) Deus não faz acepção de pessoas.
Mesmo aquelas que para nós, são casos perdido, para Ele não o é. E essas pessoas poderão ser muito úteis à igreja, e fazer um grande trabalho em prol do evangelho.
É o caso da samaritana. Com certeza ela era muito discriminada na sua cidade, e esse perguntassem a um fariseu se ela deveria ser batizada, é bem provável que a resposta fosse um não; porem se tornou a primeira missionária entre os samaritanos.
Por essa razão que não devemos fazer nenhum tipo de discriminação. Nem de raça, credo, cor, posição social ou religião; pois só Deus sabe o motivo porque as pessoas agem e ele tem poder e deseja mudar as pessoas.
c) Precisamos ter tato.
Para levarmos pessoas a Jesus, precisamos ter sabedoria para não agredirmos ninguém nem menosprezar suas convicções religiosas, pois a pessoa pode até estar errada, mas crendo sinceramente que tem a verdade.
A samaritana havia sido ensinada a adorar no monte gerezim e respeitava a sua religião, tanto quando os judeus; se Jesus lhe tivesse dito de cara que ela estava errada, teria perdido aquela alma, mas foi sábio o suficiente para desviar a atenção do lugar da adoração, para aquele a quem devemos adorar. Os adoradores verdadeiros adoraram o pai em espírito e em verdade. Disse. Quando ela já estava de coração aberto, sem mais preconceitos, foi que então que ele lhe lembrou que o templo dos judeus tinha um ritual lógico, pois fora instituído pelo próprio Deus e ali tudo apontava pra Jesus. ‘Nós sabemos o que adoramos’ ele disse. E que o templo de gerezim não tinha nada a vê. Disse ainda que a salvação vêm dos judeus, ou seja, o Cristo nasceria em Belém da Judéia e não em alguma cidade de Samaria.
Foi com tato e amor que Cristo ganhou aquele coração, e só assim seremos bem sucedidos em ganhar, se agirmos igual.
d) Os campos estão maduros para a ceifa.
Em todos os lugares, em todas as igrejas, na vizinhança, entre nossos colegas de trabalho, mesmo em nossa família, há pessoas carentes do evangelho, esperando uma palavra nossa, um convite, um aceno de mão.
Conheci uma senhora vizinha, de um adventista. Que sonhava em ser convida por esses vizinhos para ir assistir um culto em nossa igreja. Mas a vizinha nunca a convidava, e ela tinha vergonha de se oferecer pra ir lá. Algumas vezes chegou a sair de casa para ir a nossa igreja, mas quando chegava à porta, ficava com vergonha de entrar, pois pensava. ‘Já que não me convidam é porque não é permitida a entrada de estranhos’. E voltava para casa. Até que um dia uma outra vizinha da igreja batista a convidou, ele foi e lá está, até hoje.
‘Não dizeis: ainda quatro meses para a ceifa? Eu vos digo: erguei os vossos olhos, e vede os campos! Estão brancos para a ceifa’. João 4: 35.
Amém.
terça-feira, 22 de julho de 2008
A PARÁBOLA DOS CONVIDADOS
Mateus 22: 1-14
Jesus tinha por característica a simplicidade. Seus ensinos eram desconcertantes, tanto pelo conteúdo, como pela clareza com que eram apresentados. Geralmente despertavam dois tipos de reações: Ou o ouvinte aceitava com alegria, ou ficava furioso e os rejeitava. Não dava pra ficar neutro. Por isto ele foi muito criticado e perseguido, porque dizia verdades tão claras e diretas, que todos compreendiam e aqueles que não queriam mudar de vida ficavam aborrecidos por não terem argumentos para contestar.
Ainda é assim. Muitos que compreendem os ensinos de Cristo, mas não querem mudar de vida, ficam furiosos, enquanto outros entendem e os aceitam com alegria.
O método preferido usado por Cristo para ensinar era através de parábolas. Porem ele usava ilustrações simples, coisas do dia a dia, símbolos da natureza, ou temas familiares aos ouvintes, para que todos pudessem entender com facilidade.
Nesta parábola ele conta a historia de um Rei, que no casamento do filho, resolveu dar um banquete. E convidou os nobres da corte. Pelo que se dar para perceber era que o Rei era boa pessoa e tratava os seus súditos com liberdade e sem opressão. Caso contrario, eles não teriam rejeitado o convite, pois temeriam uma represália, mas como o rei não era de perseguir ninguém, eles se sentiram livres para rejeitar o convite. Tinha outros compromissos, portanto não foram à festa do Rei.
Como acontece hoje, se Deus derramasse um castigo em todos os que o rejeitam, a igrejas estariam todas lotadas, não por amor, más por medo. Como Deus trata a todos com amor, e não castiga ninguém, muitos se sentem à vontade para fazer como fez aqueles súditos da parábola. Desprezam o convite do Rei do universo.
Quando a festa estava pronta, muitos animais abatidos, muita comida preparada, o Rei enviou os criados chamar os convivas, porem eles não atenderam. E aquele convite despertou reações diferentes. Alguns o rejeitaram, mas não ficaram aborrecidos. Foram cuidar dos seus compromissos particulares. Um foi cuidar da roça, outro, cuidar dos bois e um outro, saiu em lua de mel. E assim cada um arranjou uma desculpa. Porém outros além de o rejeitarem, ficaram furiosos com os mensageiros e passaram a maltratá-los a ponto de matarem alguns deles e espancarem os demais.
Ainda é assim. Quem hoje, ouve o convite do evangelho, geralmente tem uma, dessas duas reações: ou fica indiferente, ou despreza a ponto de maltratar o mensageiro. Não é incomum ouvir pessoas criticando os pregadores, e professando ter ódio de quem prega a palavra de Deus. Ao passo que outros ouvem com alegria e aceitam a Cristo.
Quando o rei ficou sabendo que seu convite fora rejeitado perdeu a paciência e tomou uma atitude drástica. Mandou matar aqueles assassinos e incendiou suas casas.
Porem não cancelou a festa. O convite agora foi estendido ao povo comum. Mandou chamar a qualquer um que encontrasse. Maus e bons e a sala do banquete ficou repleta.
O Rei sabia que dando oportunidade ao povo comum, este não teria roupa adequada para ir ao banquete, por isto providenciou roupa de festa para todos. Roupa de graça, assim como era de graça aquela festa.
Um dos convivas foi à festa más resolveu ir do jeito dele. O convite ele aceitou, mas não quis usar aquela roupa, afinal ele tinha sua própria roupa e não estava acostumado a usar terno e gravata. Pôs um esporte fino, uma boa calça social de marca, uma camisa bonita, um bom par de sapatos desses de ultima geração, e foi à festa pensando que lá estaria bem, e demonstrando que tinha personalidade. E que não era como os demais, poderia criar seu próprio estilo. Foi o alvo da atenção de todos. Apareceu. E logo foi visto pelo dono da festa que o chamou e perguntou: amigo, como entraste aqui sem roupa de casamento? Que atrevimento é este? Quer por acaso pôr regras em minha casa? ...Então o Rei chamou os seguranças, e ordenou. Amarrai-o e lançai-o na escuridão e ali haverá choro e ranger de dentes. Porque muitos são chamados e poucos escolhidos.
Esta parábola ainda permaneça atual. Deus continua chamando pessoas para a festa das bodas do seu filho. O noivo é Jesus e a noiva sua igreja. A festa é o dia que ele vira para trazer o galardão aos que o aceitaram.
‘A parábola das bodas apresenta-nos uma lição da mais elevada importância. Pelas bodas é representada a união da humanidade com a divindade; a veste nupcial simboliza o caráter que precisa possuir todo aquele que há de ser considerado hóspede digno para as bodas’. PJ
A este convite só tem duas alternativas, aceitar ou rejeitar. Quem aceitar será bem tratado e receberá as roupas adequadas para entrar na festa. Quem rejeitar será morto e a casa destruída.
“Nesta parábola, como na da grande ceia, são ilustrados o convite do evangelho, sua rejeição pelo povo judeu e o convite da graça aos gentios. Esta parábola, porém, apresenta-nos maior ofensa da parte dos que rejeitam o convite, e juízo mais terrível. O chamado para o banquete é um convite real. Procede de alguém que está investido de poder para ordenar. Confere grande honra. Contudo esta é desapreciada. A autoridade do rei é menosprezada. Ao passo que o convite do pai de família é considerado com indiferença, o do rei é recebido com insulto e morte. Trataram seus criados com escárnio e desprezo e os mataram”.
O pai de família, vendo repelido o seu convite, declarou que nenhum dos convidados provaria a ceia. “Contra os que ofenderam o rei foi decretada mais que a exclusão de sua presença e de sua mesa”. "Enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade." Mat. 22:7.
Para quem não compreende a palavra de Deus, ou para quem não quer viver os seus ensinos, dizer isto é motivo de desgosto, ou mesmo de reprovação. Muitos não gostam de ouvir, que quem não aceitar a Jesus estar perdido, mais é a verdade. Com esta parábola Jesus deixou bem claro que só há uma saída para viver. Aceitar o convite. Os que rejeitaram o convite do rei ele enviou o exercito e matou a todos e pôs fogo nas casas deles. Os que rejeitarem a Cristo da mesma forma serão destruídos, pois ele mesmo disse: ‘O reino dos céus é semelhante ao rei da parábola’.
E o dia da destruição esta perto. Breve este mundo deixara de existir, e todos os que rejeitaram o convite do evangelho serão destruídos.
Esta parábola também se refere à rejeição que os judeus fizeram de Cristo, e por isto receberam o devido castigo. Quando Jesus contou esta parábola ele o fez, na esperança que os que lhe ouviam entendessem a mensagem e se convertessem, mas ao contrario eles fizeram pouco caso, não atentaram para a mensagem e pagaram muito caro por isto.
O convite para o banquete foi transmitido pelos discípulos de Cristo. Nosso Senhor enviou os doze, e depois os setentas, proclamando que era chegado o reino de Deus, e convidando os homens a arrependerem-se e crerem no evangelho. O convite não foi atendido, porém. Os convidados para irem à festa não compareceram. Mais tarde os servos foram enviados com a mensagem: "Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas”. Mat. 22:4. Esta foi à mensagem levada à nação judaica depois da crucifixão de Cristo; mas a nação, que se arrogava de ser o povo peculiar de Deus, rejeitou o evangelho levado a eles, no poder do Espírito Santo. Muitos fizeram isso da maneira mais insolente. Outros ficaram tão exasperados com o oferecimento da salvação, e perdão por terem rejeitado o Senhor da glória, que se voltaram contra os mensageiros. Houve "uma grande perseguição". Atos 8:1. Muitos homens e mulheres foram lançados na prisão, e alguns dos portadores da mensagem do Senhor, como Estevão e Tiago, foram mortos.
Assim o povo judeu selou sua rejeição da misericórdia de Deus. PJ pag
Outra lição da parábola é que não devemos levar a vida jeito que achamos melhor, mas da maneira que Deus ordena. Nossas idéias não são melhores que as de Deus, nem nossos planos melhores que os seus. A vida não é como eu acho, mas como Ele deixou escrito. Não é com as nossas roupas que entraremos na festa, mas com as roupas que ele nos oferece.
Muitos deixarão de entrar no reino de Deus, porque aceitam o convite sem aceitar as regras, querem participar do banquete, mas com suas próprias roupas, vem para a festa já com o intuito de revolucionar tudo. Acham que tudo estar errado e tudo tem que ser mudado. Porque usar esta roupa, se se pode usar outra diferente? Por que agir assim e não de outra maneira? Porque enviar os dízimos para a associação se há necessidade dele aqui? Porque agir dessa forma e não de forma diferente? Esquecem que as normas da igreja foram estabelecidas por Deus e só ele pode alterá-las.
Outra lição que ainda aprendemos dessa parábola é que não entraremos no céu com a roupa da nossa justiça própria. A roupa de festa representa a justiça de Cristo que ele nos oferece de graça. As nossas roupas representam as nossas justiças e elas não têm poder para nos qualificar ao céu.
‘Porque pela graça sois salvos por meio da fé, e isto não vem de vós é dom de Deus, não vem das obras para que ninguém se glorie’. Efe. 2: 8,9.
Há mais uma lição a aprender. Na festa do Rei há os maus e os bons. Ele convidou a todos, a todos é dada à oportunidade, seja quem for que o aceitar será bem-vindo. Portanto nunca devemos esperar encontrar na festa do Rei só os bons e honestos, por que o Rei convidou a todos.
Em conclusão fica esta lição principal. Para ser salvo tem que aceitar o convite. Quem não aceitar será morto, e nada ficara da sua propriedade. É duro de acreditar, mas a realidade é esta. Ou aceita ou morre. E quem aceitar o convite terá que aceitar as normas do dono da casa. Tem que vestir a roupa que ele oferece. Como se diz atualmente. Tem que vestir a camisa.
O que nos alegra é que, é de graça o banquete, com também a roupa a ser usada no mesmo.
“E o espírito e a noiva dizem vem. E quem escutar diga vem. E quem tiver sede diga venha. E quem quiser receba de graça a água da vida. Apo. 22: 17”.
Fim
sábado, 19 de julho de 2008
O CHAMADO DE ELIZEU
1 Reis 19.19
De todos os profetas do velho testamento, um de mais destaque com certeza foi o profeta Elizeu.
Elizeu era filho de um homem rico chamado Safate, apesar da riqueza era um jovem simples e trabalhador. O seu pai foi um dos que não se dobraram a Baal quando todo o país vivia mergulhado em apostasia.
Na casa de Safate o profeta Elias costumava hospedar-se, quando das suas viagens missionárias pelo país. Ali ele via a dedicação daquele jovem às coisas espirituais. Foi por orientação do próprio Deus que Elias o convidou para ser seu auxiliar e ensina-lo o oficio de profeta, que tão bem ele iria exercer no futuro. “E também a Elizeu filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirá profeta em teu lugar”. 1: Rs. 19. 16
Quando Elizeu recebeu o chamado, simbolizado pelo manto que era jogado nas costas do convidado, ele imediatamente o aceitou. Não perguntou quanto ganharia, nem quais seriam as vantagens. Pediu apenas que o profeta o permitisse ir à sua casa, despedir-se dos pais.
Elizeu foi a casa, despediu-se dos seus queridos, voltou, matou uma junta de bois, distribuiu a carne entre os seus empregados, fez uma farofa do resto e acompanhou o profeta. O profeta quando recebeu o chamado não estava à-toa, estava lavrando a roça, com doze juntas de bois. Este é um indicio que temos que ele era de uma família abastada.
A principal função de Elizeu, a partir daquele dia, era cuidar do profeta. Serviço humilde, para quem havia sido criado em meio de abastança. Ele o desempenhava com prazer, enquanto isto, observava o trabalho daquele grande homem e tirava lições que lhe seriam úteis para o resto de sua vida, e para o bem do povo de Deus.
Quando Elias estava já final do seu ministério, foi revelado a Elizeu, que o profeta seria tomado para Deus sem ver a morte. Essa revelação também teve os alunos das escolas que Elias dirigia. Elizeu ficou na expectativa. E Elias querendo poupá-lo da separação, disse-lhe: “fica-te aqui, pois o Senhor me enviou a Betel”. Elizeu recusou ficar. Por três vezes Elias tentou afastar-se dele, porem ele não concordou.
“... indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo os separou um do outro; e Elias subiu ai céu num redemoinho”. O que vendo Elizeu clamou: meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros. E nunca mais o viu e tomando as suas veste as rasgou em duas partes
Então levantou o manto de Elias que lhe deixara cair, e voltando-se se pôs à borda do Jordão. ” 2. Rs 11-13”.
Quando Elizeu tocou as águas do Jordão com a capa de Elias, que havia caído do céu, elas se abriram ele então reconheceu que estava habilitado para exercer o ministério em lugar do outro profeta.
Ao chegar a casa sem o profeta Elias, alguns não acreditaram que o mesmo houvera sido arrebatado.
“E lhes disseram: eis que entre os teus servos há cinqüenta homens valentes, ora, deixa-os ir a procura do teu senhor; pode ser que o espírito do Senhor o tinha levado e lançado em alguns dos montes, ou nalgum dos vales. Porem ele respondeu. Não os envieis”. Mas eles apertaram com ele até que constrangido disse: enviai. E enviaram cinqüenta homens que o procuraram por três dias, porem não o achou.
Então voltaram para ele em Jericó; e ele lhes disse: não vos disse que não fosseis?”2. Rs. 2.16-18”.
Essa deve ter sido a pior experiência de Elizeu. Ser questionado. Não resta dúvida que aquela era uma experiência inusitada. Sair com alguém para os matos, voltar só, vestindo as roupas daquela pessoa e dizer que a mesma foi para o céu em um carro de fogo, fica meio difícil de se fazer acreditar. Porem ninguém tinha motivos para desconfiar dele, pois sempre se houvera leal a Elias e sua honestidade era a toda prova.
Com insistência enviaram cinqüenta homens para procurar o cadáver de Elias que eles julgavam estar em algum lugar. Só que a busca foi em vão. A Bíblia não dá detalhes, mas dá para gente imaginar o que algumas pessoas passaram a dizer em relação a este caso:
- você viu o que aconteceu com o profeta Elias? Sumiu de repente. Diz o secretário dele, que ele foi levado para o céu em um carro de fogo. Você acredita?
-será que não fizeram uma maldade com ele? Onde já se viu alguém subir para o céu assim de repente?
O certo é que cinquenta homens saíram em sua procura e por três dias o procuraram até se cansarem.
A dúvida que levantaram a respeito do profeta, fez com que alguns rapazes perdessem o respeito para com ele. Como alguns sem motivo, passaram a desconfia dele, os rapazes sentiram-se livres para fazer o mesmo e o desrespeitarem.
“Então subiu dali a Betel; indo ele pelo caminho, uns rapazinhos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhes: Sobe calvo. Sobe calvo! Virando-se ele para trás, viu-os e os amaldiçoou em nome do Senhor; então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois deles. 2 Rs. 2.23,24”.
O que eles queriam eram forçar Elizeu a subir para o céu também. Era uma critica ás palavras do homem de Deus. Era como se dissessem: - já que dissertes que ele subiu, tu vai ter que subir Também. Se não fora a proteção divina, eles talvez fizessem um mal a Elizeu.
Com aquela intervenção divina, nunca mais qualquer pessoa teve a coragem de mofar de um servo de Deus.
Lições
a) Assim como Deus chamou o profeta Elizeu, ele chama a mim e a você.
Ainda há necessidade de homens e mulheres que estejam dispostos a levar o trabalho de Deus avante
b) aqueles que desejam realizar grandes coisas precisam aprender ser fieis em coisas pequenas. “A lição é para todos. Ninguém pode saber qual é o propósito de Deus em sua disciplina; mas todos podem estar certos de que a fidelidade em pequenas coisas é a evidencia da capacidade para responsabilidades maiores” “... aquele que sente não ser de qualquer conseqüência à maneira como realiza suas pequenas tarefas, prova-se incapaz para uma posição mais honrosa”. PR. 218.
c) O trabalho de Deus é todo trabalho nobre que se faz com amor e boa vontade. “O sucesso não depende tanto de talento quanto de energia e voluntariedade. Não é a posse de esplêndidos talentos que nos capacita a prestar serviço aceitável; mas à conscienciosa realização dos deveres diários, o espírito contente, e o interesse sincero e sem afetação no bem estar alheio. Na mais humilde sorte, pode ser encontrada verdadeira excelência. As tarefas mais comuns, executadas com amorável fidelidade, são belas à vista de Deus”.
d) “O ministério compreende mais do que pregar a palavra. Significa educar jovens como Elias educou Elizeu ““... (“pg. 222”.)...” A mãe que educa seus filhos para Cristo, esta trabalhando tão verdadeiramente como o ministro no púlpito. ”(Pg. 219.)”.
e ) ‘A reverencia que faltava aos jovens que zombaram de Elizeu, é uma graça que deve ser cuidadosamente acariciada. Cada criança deve ser ensinada a mostrar verdadeira reverencia para com Deus. Jamais deve o seu nome ser pronunciado leviana ou irrefletidamente. Anjos ao pronunciarem aquele nome cobrem o rosto. Com que reverencia não devemos nós, que somos caídos e pecadores, toma-lo nos lábios. ” Pg.236.
f) A Reverencia também envolve os lideres e os pais da igreja. “Deve-se mostrar reverencia pelos representantes de Deus. - os pastores, os professores, e os pais, que são chamados a falar e agir em seu lugar. No respeito que a eles se mostre Deus é honrado”. Idem. 237
g) Os jovens que foram devorados pelas ursas, a culpa de muitos deles terem morrido, foram dos próprios pais. Pois muitos duvidaram das palavras de Elizeu e chegaram a insinuar que ele mesmo havia dado fim ao profeta, para tomar o seu lugar. E esta insinuação sem fundamento, fez com que, eles, os jovens, perdessem o respeito para com aquele que foi escolhido pelo céu, para continuar o trabalho começado por Elias. Muitos pais ainda hoje dão maus exemplos aos filhos, quando em casa falam mal da liderança da igreja, ou dos outros irmãos em geral. E as crianças que ouvem dos pais comentários maldosos, contra aquelas pessoas, perdem o respeito pelas mesmas e perdem o interesse pela casa de Deus ou pelos seus pregadores.
Pais. Pelo amor que você tem para com sua alma e pela alma de vossos filhos, não permita que a vida de ninguém seja comentada maldosamente em vossa casa. Você estará colaborando com a destruição do bem mais precioso que alguém pode ter nessa terra, que é a reputação e destruindo a sua própria fé, e a fé de seus filhos.
h) Deus às vezes age de maneira estranha à nossa compreensão. Ele é amor, e não quer a destruição de ninguém, porem, para salvar outros, ele age com muita dureza, em alguns casos, para ensinar lições eloqüentes do seu desagrado para algumas situações. Foi assim com Nadabe e Abiu, com Ananias e Safira, com Uzá, que pôs a mão na arca e morreu, e também com aqueles jovens. Dali em diante nunca mais alguém ousou duvidar da palavra ou caluniar o servo de Deus.Diz a Serva de Deus: “Até mesmo à bondade deve ter seus limites. A autoridade deve ser mantida mediante firme severidade, ou será recebida com zombaria e desdém. A assim chamada tolerância, lisonja e condescendência, usadas para com a juventude por pais e responsáveis, é um dos piores males que lhes pode sobrevir. Em toda família, firmeza, decisão, exigências positivas, são essenciais.” Idem. Pg. 236.
i) Elizeu foi um tipo de Jesus. O seu trabalho consistia em pregar, ensinar, (dirigia três escolas,) e curar. Chegou a ressuscitar um morto. O mesmo trabalho de Jesus. Ele foi o sucessor de Elias, e Jesus foi o sucessor de João Batista, o segundo Elias. Jesus multiplicou os pães, e Elizeu multiplicou o azeite da botija. Jesus andou por cima das águas e Elizeu fez um machado flutuar.
j) Ele em tudo representou a Jesus. Porem o seu começo foi simples e humilde. Ele foi grande porque aprendeu a obediência nas pequenas coisas.
k) Se desejarmos uma vida de resultados para Deus, que façamos como aquele profeta, que na humildade do seu oficio, carregar água para lavar os pés do profeta Elias, chegou a ser um dos homens mais importantes de todos os tempos.
De todos os profetas do velho testamento, um de mais destaque com certeza foi o profeta Elizeu.
Elizeu era filho de um homem rico chamado Safate, apesar da riqueza era um jovem simples e trabalhador. O seu pai foi um dos que não se dobraram a Baal quando todo o país vivia mergulhado em apostasia.
Na casa de Safate o profeta Elias costumava hospedar-se, quando das suas viagens missionárias pelo país. Ali ele via a dedicação daquele jovem às coisas espirituais. Foi por orientação do próprio Deus que Elias o convidou para ser seu auxiliar e ensina-lo o oficio de profeta, que tão bem ele iria exercer no futuro. “E também a Elizeu filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirá profeta em teu lugar”. 1: Rs. 19. 16
Quando Elizeu recebeu o chamado, simbolizado pelo manto que era jogado nas costas do convidado, ele imediatamente o aceitou. Não perguntou quanto ganharia, nem quais seriam as vantagens. Pediu apenas que o profeta o permitisse ir à sua casa, despedir-se dos pais.
Elizeu foi a casa, despediu-se dos seus queridos, voltou, matou uma junta de bois, distribuiu a carne entre os seus empregados, fez uma farofa do resto e acompanhou o profeta. O profeta quando recebeu o chamado não estava à-toa, estava lavrando a roça, com doze juntas de bois. Este é um indicio que temos que ele era de uma família abastada.
A principal função de Elizeu, a partir daquele dia, era cuidar do profeta. Serviço humilde, para quem havia sido criado em meio de abastança. Ele o desempenhava com prazer, enquanto isto, observava o trabalho daquele grande homem e tirava lições que lhe seriam úteis para o resto de sua vida, e para o bem do povo de Deus.
Quando Elias estava já final do seu ministério, foi revelado a Elizeu, que o profeta seria tomado para Deus sem ver a morte. Essa revelação também teve os alunos das escolas que Elias dirigia. Elizeu ficou na expectativa. E Elias querendo poupá-lo da separação, disse-lhe: “fica-te aqui, pois o Senhor me enviou a Betel”. Elizeu recusou ficar. Por três vezes Elias tentou afastar-se dele, porem ele não concordou.
“... indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo os separou um do outro; e Elias subiu ai céu num redemoinho”. O que vendo Elizeu clamou: meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros. E nunca mais o viu e tomando as suas veste as rasgou em duas partes
Então levantou o manto de Elias que lhe deixara cair, e voltando-se se pôs à borda do Jordão. ” 2. Rs 11-13”.
Quando Elizeu tocou as águas do Jordão com a capa de Elias, que havia caído do céu, elas se abriram ele então reconheceu que estava habilitado para exercer o ministério em lugar do outro profeta.
Ao chegar a casa sem o profeta Elias, alguns não acreditaram que o mesmo houvera sido arrebatado.
“E lhes disseram: eis que entre os teus servos há cinqüenta homens valentes, ora, deixa-os ir a procura do teu senhor; pode ser que o espírito do Senhor o tinha levado e lançado em alguns dos montes, ou nalgum dos vales. Porem ele respondeu. Não os envieis”. Mas eles apertaram com ele até que constrangido disse: enviai. E enviaram cinqüenta homens que o procuraram por três dias, porem não o achou.
Então voltaram para ele em Jericó; e ele lhes disse: não vos disse que não fosseis?”2. Rs. 2.16-18”.
Essa deve ter sido a pior experiência de Elizeu. Ser questionado. Não resta dúvida que aquela era uma experiência inusitada. Sair com alguém para os matos, voltar só, vestindo as roupas daquela pessoa e dizer que a mesma foi para o céu em um carro de fogo, fica meio difícil de se fazer acreditar. Porem ninguém tinha motivos para desconfiar dele, pois sempre se houvera leal a Elias e sua honestidade era a toda prova.
Com insistência enviaram cinqüenta homens para procurar o cadáver de Elias que eles julgavam estar em algum lugar. Só que a busca foi em vão. A Bíblia não dá detalhes, mas dá para gente imaginar o que algumas pessoas passaram a dizer em relação a este caso:
- você viu o que aconteceu com o profeta Elias? Sumiu de repente. Diz o secretário dele, que ele foi levado para o céu em um carro de fogo. Você acredita?
-será que não fizeram uma maldade com ele? Onde já se viu alguém subir para o céu assim de repente?
O certo é que cinquenta homens saíram em sua procura e por três dias o procuraram até se cansarem.
A dúvida que levantaram a respeito do profeta, fez com que alguns rapazes perdessem o respeito para com ele. Como alguns sem motivo, passaram a desconfia dele, os rapazes sentiram-se livres para fazer o mesmo e o desrespeitarem.
“Então subiu dali a Betel; indo ele pelo caminho, uns rapazinhos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhes: Sobe calvo. Sobe calvo! Virando-se ele para trás, viu-os e os amaldiçoou em nome do Senhor; então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois deles. 2 Rs. 2.23,24”.
O que eles queriam eram forçar Elizeu a subir para o céu também. Era uma critica ás palavras do homem de Deus. Era como se dissessem: - já que dissertes que ele subiu, tu vai ter que subir Também. Se não fora a proteção divina, eles talvez fizessem um mal a Elizeu.
Com aquela intervenção divina, nunca mais qualquer pessoa teve a coragem de mofar de um servo de Deus.
Lições
a) Assim como Deus chamou o profeta Elizeu, ele chama a mim e a você.
Ainda há necessidade de homens e mulheres que estejam dispostos a levar o trabalho de Deus avante
b) aqueles que desejam realizar grandes coisas precisam aprender ser fieis em coisas pequenas. “A lição é para todos. Ninguém pode saber qual é o propósito de Deus em sua disciplina; mas todos podem estar certos de que a fidelidade em pequenas coisas é a evidencia da capacidade para responsabilidades maiores” “... aquele que sente não ser de qualquer conseqüência à maneira como realiza suas pequenas tarefas, prova-se incapaz para uma posição mais honrosa”. PR. 218.
c) O trabalho de Deus é todo trabalho nobre que se faz com amor e boa vontade. “O sucesso não depende tanto de talento quanto de energia e voluntariedade. Não é a posse de esplêndidos talentos que nos capacita a prestar serviço aceitável; mas à conscienciosa realização dos deveres diários, o espírito contente, e o interesse sincero e sem afetação no bem estar alheio. Na mais humilde sorte, pode ser encontrada verdadeira excelência. As tarefas mais comuns, executadas com amorável fidelidade, são belas à vista de Deus”.
d) “O ministério compreende mais do que pregar a palavra. Significa educar jovens como Elias educou Elizeu ““... (“pg. 222”.)...” A mãe que educa seus filhos para Cristo, esta trabalhando tão verdadeiramente como o ministro no púlpito. ”(Pg. 219.)”.
e ) ‘A reverencia que faltava aos jovens que zombaram de Elizeu, é uma graça que deve ser cuidadosamente acariciada. Cada criança deve ser ensinada a mostrar verdadeira reverencia para com Deus. Jamais deve o seu nome ser pronunciado leviana ou irrefletidamente. Anjos ao pronunciarem aquele nome cobrem o rosto. Com que reverencia não devemos nós, que somos caídos e pecadores, toma-lo nos lábios. ” Pg.236.
f) A Reverencia também envolve os lideres e os pais da igreja. “Deve-se mostrar reverencia pelos representantes de Deus. - os pastores, os professores, e os pais, que são chamados a falar e agir em seu lugar. No respeito que a eles se mostre Deus é honrado”. Idem. 237
g) Os jovens que foram devorados pelas ursas, a culpa de muitos deles terem morrido, foram dos próprios pais. Pois muitos duvidaram das palavras de Elizeu e chegaram a insinuar que ele mesmo havia dado fim ao profeta, para tomar o seu lugar. E esta insinuação sem fundamento, fez com que, eles, os jovens, perdessem o respeito para com aquele que foi escolhido pelo céu, para continuar o trabalho começado por Elias. Muitos pais ainda hoje dão maus exemplos aos filhos, quando em casa falam mal da liderança da igreja, ou dos outros irmãos em geral. E as crianças que ouvem dos pais comentários maldosos, contra aquelas pessoas, perdem o respeito pelas mesmas e perdem o interesse pela casa de Deus ou pelos seus pregadores.
Pais. Pelo amor que você tem para com sua alma e pela alma de vossos filhos, não permita que a vida de ninguém seja comentada maldosamente em vossa casa. Você estará colaborando com a destruição do bem mais precioso que alguém pode ter nessa terra, que é a reputação e destruindo a sua própria fé, e a fé de seus filhos.
h) Deus às vezes age de maneira estranha à nossa compreensão. Ele é amor, e não quer a destruição de ninguém, porem, para salvar outros, ele age com muita dureza, em alguns casos, para ensinar lições eloqüentes do seu desagrado para algumas situações. Foi assim com Nadabe e Abiu, com Ananias e Safira, com Uzá, que pôs a mão na arca e morreu, e também com aqueles jovens. Dali em diante nunca mais alguém ousou duvidar da palavra ou caluniar o servo de Deus.Diz a Serva de Deus: “Até mesmo à bondade deve ter seus limites. A autoridade deve ser mantida mediante firme severidade, ou será recebida com zombaria e desdém. A assim chamada tolerância, lisonja e condescendência, usadas para com a juventude por pais e responsáveis, é um dos piores males que lhes pode sobrevir. Em toda família, firmeza, decisão, exigências positivas, são essenciais.” Idem. Pg. 236.
i) Elizeu foi um tipo de Jesus. O seu trabalho consistia em pregar, ensinar, (dirigia três escolas,) e curar. Chegou a ressuscitar um morto. O mesmo trabalho de Jesus. Ele foi o sucessor de Elias, e Jesus foi o sucessor de João Batista, o segundo Elias. Jesus multiplicou os pães, e Elizeu multiplicou o azeite da botija. Jesus andou por cima das águas e Elizeu fez um machado flutuar.
j) Ele em tudo representou a Jesus. Porem o seu começo foi simples e humilde. Ele foi grande porque aprendeu a obediência nas pequenas coisas.
k) Se desejarmos uma vida de resultados para Deus, que façamos como aquele profeta, que na humildade do seu oficio, carregar água para lavar os pés do profeta Elias, chegou a ser um dos homens mais importantes de todos os tempos.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
O CRISTÃO E A POLÍTICA
Estamos novamente em campanha eleitoral. E como sempre, somos assediados pelos tantos políticos que nos pedem apoio através de nosso voto. Como cidadãos, temos o dever de cumprir a lei e exercer nossa cidadania votando. Porém uma há uma pergunta. Deve um adventista se envolver com política? È certo votar? Se você está resolvido a votar em alguém nesta campanha eleitoral. Está cumprindo seu dever. Mas se você não vai votar, e está decidido a não fazê-lo, é um direito seu.
Mas o que é um político?
É um servidor que ganha do erário publico para servir a comunidade que o elegeu. Seja vereador, prefeito, deputado, senador, governador e presidente da República.
Há três categorias de servidores públicos.
Primeiro, os servidores contratados. São pessoas que prestam serviços temporários em caso de emergência, para cobrir uma lacuna na repartição que atuam. Foram nomeados por um político, e atuam na função até surgir um concurso público. Há também os que ocupam cargos de confiança, os tais DAS. Estes geralmente só permanecem no cargo enquanto durar o mandato do político que os nomeou.
Segundo. Servidores concursados. Estes foram escolhidos entre dezenas de candidatos a uma vaga no serviço público. Estudaram exaustivamente, prestaram uma prova, e foram declarados por uma banca examinadora, aptos a exercer a função à que se candidataram. Quem é aprovado em concurso tem estabilidade no emprego e dificilmente é mandado embora.
O terceiro tipo de servidor público é o político. Que, como os demais servidores, presta serviço à comunidade, ou criando as leis, ou fiscalizando a administração, ou ainda, administrando o patrimônio público e como os demais, ganha do erário. Estes também enfrentam concurso público. Só que ao invés de uma banca examinadora, quem os examina é o povo no dia das eleições. E este concurso, é muito pior às vezes que o concurso dos demais servidores; pois enquanto no daqueles é examinado apenas a competência e os conhecimentos do candidato, neste é examinado sua competência, seus conhecimentos e a sua vida privada, que é devassada. Qualquer desvio moral que ele tiver se torna público e manchete nos jornais.
Nos demais concursos uma banca examinadora composta de poucas pessoas declaram se o candidato tem condições ou não, de ocupar o cargo. No concurso do político, o povo é quem decide.
Nos segundo caso, se o servidor é um bom ou mau funcionário, não importa, ele tem estabilidade. Fica no emprego até a aposentadoria. No caso do político, se ele é um mau servidor, não permanece no emprego. Pois a cada quatro anos ele tem que ser aprovado em uma nova eleição. Isto se não for mandado embora antes do tempo, como fizeram com o presidente Collor.
Muitos são contra política por que nela há a oportunidade da pessoa se corromper. E é verdade. Há muitos políticos corruptos. Se for assim, alguns dizem que um fiel adventista não deveria se envolver com esse povo, pois quem o faz esta assumindo o risco de ser influenciado e vir a ser corrompido também.
Porém não é só na política que a pessoa se corrompe. Em qualquer função pública ou privada o risco é o mesmo. Como gerente de uma loja, caixa de um banco, diretor de uma escola ou simplesmente como tesoureiro da igreja, onde houver dinheiro, há a tentação, e se a pessoa não tem caráter, corre o risco de desviá-lo para beneficio próprio.
A pessoa que é contra políticos, devia ser também contra trabalhar em qualquer função no serviço público. Pois tanto o político como o servidor público ganha dos impostos que pagamos. E assim como há políticos desonestos, há servidores concursados que também são desonestos, maus servidores, preguiçosos, atendendo mal a comunidade.
O que eu nunca vi, foi alguém falar contra emprego público. Pelo contrário. Já vi gente que fala mal dos políticos, mas pede oração para passar em concurso publico.
E o pior. Muitos que no período das eleições, que falam mal dos políticos, chamando-os de corruptos, e desonestos, depois das eleições, vai à busca desses mesmos políticos pedirem favores. Tais como: passagens, remédios, terrenos ou que estes intercedam junto ao prefeito, para conseguirem um emprego, ou ainda; um terreno para igreja, ajuda para construção, ou simplesmente um ônibus para fazer um passeio com os jovens.
Isto é que é ser desonesto. Se você não gosta de política, não incomode os políticos. Se você não vota, não peça favor a nenhum político. Pois quando ele o ajuda, o faz na crença que será ajudado com seu voto no dia da eleição. E se você recebe o favor e não vota, o desonesto foi você, pois deixou que ele acreditasse em você e você o enganou.
A pergunta continua. É certo votar em partidos políticos? O que diz a Bíblia?
A Bíblia não fala nada contra votar ou não votar. Porém apresenta o exemplo de muitos homens de Deus que tinha cargos de primeiro escalão na administração pública. Homens como José no Egito, Daniel e seus amigos em Babilônia, são exemplos de que um servo de Deus pode ser honesto em meio aos idólatras e corruptos. Os reis de Israel eram políticos, alguns fizeram o que eram mal perante o Senhor, outros foram bons e andaram com Deus. O problema não era a função, e sim o caráter de cada um.
Que diz a escritora Ellen White?
No livro mensagens escolhidas, volume dois pagina 336; Ellem White escreveu todo um capítulo cujo título é: "Conselhos Sobre Votar."
Neste capítulo ela começa aconselhando a igreja como instituição a não se envolver com política. Ela diz assim. “a nenhum de vós foi imposta pelo senhor qualquer responsabilidade de publicar suas preferências políticas em nossas publicações, ou de sobre elas falar na congregação, quando o povo se reúne para ouvir a palavra do Senhor”
O que ela está dizendo é que não devemos usar nossos livros e revistas para promover este ou aquele candidato, nem usar o púlpito como palanque eleitoral. “Não devemos como um povo envolver-nos em questões políticas”
E individualmente eu posso votar?
No mesmo capítulo ela menciona uma reunião em que havia os seguintes pioneiros: Ellem White, Tiago White, J. N. Andrews, Davi Hewit, Josias Hart, Henrique Lyon, e J. P. Kellog. Nesta reunião eles discutiam se era apropriado a favor dos homens que defendiam a temperança*, ou não votarem em ninguém e correr o risco dos intemperantes ganhar. A maioria achou que era correto votar, só Henrique Lyon foi contra, e ela termina desejando que todos procedessem no temor de Deus.
O que ela foi bem clara é que não devemos declarar nosso voto, nem pressionar para que as pessoas votem no candidato da nossa preferência.
"Mantende secreto o vosso voto. Não acheis ser vosso dever insistir com todo o mundo para fazer como fazeis". Carta 4, 1898.
Em outras palavras, se o seu irmão deseja votar em outro candidato que não o seu, não insista com ele para mudar. Mantenha seu voto secreto e faça ele o mesmo.
Neste mesmo capítulo, referida escritora informa que os homens da intemperança**, foram ao seu escritório, insinuando que os guardadores do sábado, não deveriam votar (é claro que eles sabiam que os votos dos adventistas seriam contra eles). Ela não lhes deu esperança, e depois escreveu que eles eram obreiros de satanás, e que satanás fosse derrotado era a sua oração.
É correto ser votado?
Pelo que vimos até agora, não há na Bíblia nem no Espírito de Profecia nenhum impedimento em votar ou ser votado. Agora leia esta afirmação da serva de Deus.
"Unicamente homens estritamente temperantes e íntegros devem ser admitidos em nossas assembléias legislativas e escolhidos para presidir nossas cortes de justiça. As propriedades, a reputação e a própria vida se acham inseguras quando deixadas ao juízo de homens intemperantes e imorais." Temperança Pág. 48
"Quantos inocentes foram condenados à morte, como tantos mais foram roubados de todas as suas propriedades terrenas pela injustiça de jurados, advogados, testemunhas e mesmo juízes dados à bebida." Signs of the Times, 11 de fevereiro de 1886.
Entendeu?
Ela diz que “unicamente homens estritamente temperantes e íntegros devem ser admitidos em nossas assembléias legislativas e escolhidos para presidir nossas cortes de justiça”. Portanto, só homens cristãos deveriam ser deputados, senadores ou juizes, pois são os que vivem os princípios da temperança. Os demais, na maioria são dados à bebida, desonestos e mentirosos. Por isto não deveriam ser eleitos.
E como muitos de nós, agimos?
Deixam de votar em um cristão de nossa fé, que vive os nossos princípios, e defende nossa comunidade para votar em alguém de outra crença que combate a nossa fé ou então votam em um ateu ou mesmo um à-toa. Isto é incoerência.
Leia mais uma vez o texto citado. “Unicamente homens estritamente temperantes e íntegros devem ser admitidos em nossas assembléias legislativas e escolhidos para presidir nossas cortes de justiça”. Quem mais se aproxima desse padrão, um cristão ou alguém sem religião nenhuma? Pense.
Na revista adventista deste ano (maio 2006) o Pastor e professor de teologia Dr. Alberto Timm argumenta que onde não há candidatos adventistas, devemos votar naqueles que mais se aproximam de nossos princípios religiosos.
Que nosso bom Deus nos ilumine e nesta eleição saibamos escolher os melhores. Estamos cansados de tanta corrupção. Chega de mensalão, de dólares na cueca, de sanguessugas, de vampiros do erário público. Só há uma maneira de tirar os corruptos do poder: pondo os honestos no lugar deles. E isto só se consegue através do voto.
Seria bom que houvesse em cada estado, dezenas de candidatos adventistas e de ouras denominações para que pudéssemos, dentre eles, escolher os melhores. Como não há, escolha entre os que você julgar mais aptos e que mais se aproximam dos nossos princípios morais e religiosos. E se houver um adventista, não tenha dúvidas: vote neste.
Pr. Manoel Barbosa da Silva
Distrital de Araguatins Tocantins
Eis na integra o capítulo mencionado.
Conselhos sobre votar.
Nossa obra é vigiar, esperar e orar. Examinai as Escrituras. Cristo vos advertiu a não vos misturardes com o mundo. Devemos sair dentre eles e separar-nos "e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso". II Cor. 6:17 e 18. Sejam quais forem as opiniões que tenhais em relação a dar o vosso voto em questões políticas, não as deveis proclamar pela pena ou pela voz. Nosso povo deve silenciar acerca de questões que não têm relação com a terceira mensagem angélica. Se já um povo se deveu aproximar de Deus, esse é o povo Adventista do Sétimo Dia. Têm sido feitos admiráveis projetos e planos. Tem-se apoderado de homens e mulheres um ardente desejo de proclamar alguma coisa, ou ligar-se com alguma coisa; eles não sabem o quê. O silêncio de Cristo sobre muitos assuntos, porém, era verdadeira eloqüência. ...
Irmãos, não vos lembrais de que a nenhum de vós foi imposta pelo Senhor qualquer responsabilidade de publicar suas preferências políticas em nossas publicações, ou de sobre elas falar na congregação, quando o povo se reúne para ouvir a Palavra do Senhor. ...
Não devemos, como um povo, envolver-nos em questões políticas. Todos fariam bem em dar ouvidos à Palavra de Deus: Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos
Pág. 337
em luta política, nem vos vinculeis a eles em suas ligações. Não há terreno seguro em que possam estar e trabalhar juntos. O fiel e o infiel não têm terreno neutro em que possam encontrar-se.
Aquele que transgride um dos preceitos dos mandamentos de Deus é transgressor de toda a lei. Mantende secreto o vosso voto. Não acheis ser vosso dever insistir com todo o mundo para fazer como fazeis. Carta 4, 1898.
Os Pioneiros Chegam a Importante Decisão
Assisti à reunião à noitinha. Tivemos uma reunião espontânea, interessante. Depois do tempo de terminar, foi considerada a questão de votar, demorando-nos sobre ela. Primeiro, falou Tiago, depois o irmão [J. N.] Andrews, e foi por eles julgado melhor pôr sua influência a favor do direito e contra o erro. Eles acham que é direito votar em favor dos homens defensores da *temperança governarem em nossa cidade, em vez de, por seu silêncio, correr o risco de serem eleitos homens intemperantes. O irmão [Davi] Hewitt conta sua experiência de alguns dias atrás e está certo de ser direito dar seu voto. O irmão [Josias] Hart fala bem. O irmão [Henrique] Lyon se opõe. Nenhum outro é contrário ao votar, mas o irmão [J. P.] Kellogg começa a julgar que é direito. Os sentimentos são cordiais entre todos os irmãos. Oh! que todos eles procedam no temor de Deus.
Os homens da *intemperança estiveram hoje no escritório, exprimindo de modo lisonjeiro sua aprovação à atitude dos observadores do sábado não votando, e exprimiram esperanças de que eles fiquem firmes nessa atitude e, como os quáqueres, não dêem seu voto. Satanás e seus anjos estão atarefados por esta altura, e ele tem obreiros na Terra. Que ele fique decepcionado é a minha oração. E. G. White em seu diário de domingo, 6 de março de 1859.
**Obs. Naquele tempo a América do Norte estava dividida em duas correntes políticas. Uma defendia que se deveria proibir a venda e o fabrico de bebidas alcoólicas, eram os defensores da temperança. (Jose Bates eram membro de uma associação pro temperança). A outra corrente, defendia a liberdade tanto da venda, como do fabrico de bebidas. Estes eram chamados, os da imtemperança. Só em 1929, que os defensores da temperança conseguiram aprovar a lei por tanto tempo esperada, mas a lei durou pouco tempo. Esta lei ficou conhecida como a ‘lei seca’ foi neste período que o gangster ‘Al Capone’ ficou famoso por seus contrabandos de bebidas alcoólicas
Mas o que é um político?
É um servidor que ganha do erário publico para servir a comunidade que o elegeu. Seja vereador, prefeito, deputado, senador, governador e presidente da República.
Há três categorias de servidores públicos.
Primeiro, os servidores contratados. São pessoas que prestam serviços temporários em caso de emergência, para cobrir uma lacuna na repartição que atuam. Foram nomeados por um político, e atuam na função até surgir um concurso público. Há também os que ocupam cargos de confiança, os tais DAS. Estes geralmente só permanecem no cargo enquanto durar o mandato do político que os nomeou.
Segundo. Servidores concursados. Estes foram escolhidos entre dezenas de candidatos a uma vaga no serviço público. Estudaram exaustivamente, prestaram uma prova, e foram declarados por uma banca examinadora, aptos a exercer a função à que se candidataram. Quem é aprovado em concurso tem estabilidade no emprego e dificilmente é mandado embora.
O terceiro tipo de servidor público é o político. Que, como os demais servidores, presta serviço à comunidade, ou criando as leis, ou fiscalizando a administração, ou ainda, administrando o patrimônio público e como os demais, ganha do erário. Estes também enfrentam concurso público. Só que ao invés de uma banca examinadora, quem os examina é o povo no dia das eleições. E este concurso, é muito pior às vezes que o concurso dos demais servidores; pois enquanto no daqueles é examinado apenas a competência e os conhecimentos do candidato, neste é examinado sua competência, seus conhecimentos e a sua vida privada, que é devassada. Qualquer desvio moral que ele tiver se torna público e manchete nos jornais.
Nos demais concursos uma banca examinadora composta de poucas pessoas declaram se o candidato tem condições ou não, de ocupar o cargo. No concurso do político, o povo é quem decide.
Nos segundo caso, se o servidor é um bom ou mau funcionário, não importa, ele tem estabilidade. Fica no emprego até a aposentadoria. No caso do político, se ele é um mau servidor, não permanece no emprego. Pois a cada quatro anos ele tem que ser aprovado em uma nova eleição. Isto se não for mandado embora antes do tempo, como fizeram com o presidente Collor.
Muitos são contra política por que nela há a oportunidade da pessoa se corromper. E é verdade. Há muitos políticos corruptos. Se for assim, alguns dizem que um fiel adventista não deveria se envolver com esse povo, pois quem o faz esta assumindo o risco de ser influenciado e vir a ser corrompido também.
Porém não é só na política que a pessoa se corrompe. Em qualquer função pública ou privada o risco é o mesmo. Como gerente de uma loja, caixa de um banco, diretor de uma escola ou simplesmente como tesoureiro da igreja, onde houver dinheiro, há a tentação, e se a pessoa não tem caráter, corre o risco de desviá-lo para beneficio próprio.
A pessoa que é contra políticos, devia ser também contra trabalhar em qualquer função no serviço público. Pois tanto o político como o servidor público ganha dos impostos que pagamos. E assim como há políticos desonestos, há servidores concursados que também são desonestos, maus servidores, preguiçosos, atendendo mal a comunidade.
O que eu nunca vi, foi alguém falar contra emprego público. Pelo contrário. Já vi gente que fala mal dos políticos, mas pede oração para passar em concurso publico.
E o pior. Muitos que no período das eleições, que falam mal dos políticos, chamando-os de corruptos, e desonestos, depois das eleições, vai à busca desses mesmos políticos pedirem favores. Tais como: passagens, remédios, terrenos ou que estes intercedam junto ao prefeito, para conseguirem um emprego, ou ainda; um terreno para igreja, ajuda para construção, ou simplesmente um ônibus para fazer um passeio com os jovens.
Isto é que é ser desonesto. Se você não gosta de política, não incomode os políticos. Se você não vota, não peça favor a nenhum político. Pois quando ele o ajuda, o faz na crença que será ajudado com seu voto no dia da eleição. E se você recebe o favor e não vota, o desonesto foi você, pois deixou que ele acreditasse em você e você o enganou.
A pergunta continua. É certo votar em partidos políticos? O que diz a Bíblia?
A Bíblia não fala nada contra votar ou não votar. Porém apresenta o exemplo de muitos homens de Deus que tinha cargos de primeiro escalão na administração pública. Homens como José no Egito, Daniel e seus amigos em Babilônia, são exemplos de que um servo de Deus pode ser honesto em meio aos idólatras e corruptos. Os reis de Israel eram políticos, alguns fizeram o que eram mal perante o Senhor, outros foram bons e andaram com Deus. O problema não era a função, e sim o caráter de cada um.
Que diz a escritora Ellen White?
No livro mensagens escolhidas, volume dois pagina 336; Ellem White escreveu todo um capítulo cujo título é: "Conselhos Sobre Votar."
Neste capítulo ela começa aconselhando a igreja como instituição a não se envolver com política. Ela diz assim. “a nenhum de vós foi imposta pelo senhor qualquer responsabilidade de publicar suas preferências políticas em nossas publicações, ou de sobre elas falar na congregação, quando o povo se reúne para ouvir a palavra do Senhor”
O que ela está dizendo é que não devemos usar nossos livros e revistas para promover este ou aquele candidato, nem usar o púlpito como palanque eleitoral. “Não devemos como um povo envolver-nos em questões políticas”
E individualmente eu posso votar?
No mesmo capítulo ela menciona uma reunião em que havia os seguintes pioneiros: Ellem White, Tiago White, J. N. Andrews, Davi Hewit, Josias Hart, Henrique Lyon, e J. P. Kellog. Nesta reunião eles discutiam se era apropriado a favor dos homens que defendiam a temperança*, ou não votarem em ninguém e correr o risco dos intemperantes ganhar. A maioria achou que era correto votar, só Henrique Lyon foi contra, e ela termina desejando que todos procedessem no temor de Deus.
O que ela foi bem clara é que não devemos declarar nosso voto, nem pressionar para que as pessoas votem no candidato da nossa preferência.
"Mantende secreto o vosso voto. Não acheis ser vosso dever insistir com todo o mundo para fazer como fazeis". Carta 4, 1898.
Em outras palavras, se o seu irmão deseja votar em outro candidato que não o seu, não insista com ele para mudar. Mantenha seu voto secreto e faça ele o mesmo.
Neste mesmo capítulo, referida escritora informa que os homens da intemperança**, foram ao seu escritório, insinuando que os guardadores do sábado, não deveriam votar (é claro que eles sabiam que os votos dos adventistas seriam contra eles). Ela não lhes deu esperança, e depois escreveu que eles eram obreiros de satanás, e que satanás fosse derrotado era a sua oração.
É correto ser votado?
Pelo que vimos até agora, não há na Bíblia nem no Espírito de Profecia nenhum impedimento em votar ou ser votado. Agora leia esta afirmação da serva de Deus.
"Unicamente homens estritamente temperantes e íntegros devem ser admitidos em nossas assembléias legislativas e escolhidos para presidir nossas cortes de justiça. As propriedades, a reputação e a própria vida se acham inseguras quando deixadas ao juízo de homens intemperantes e imorais." Temperança Pág. 48
"Quantos inocentes foram condenados à morte, como tantos mais foram roubados de todas as suas propriedades terrenas pela injustiça de jurados, advogados, testemunhas e mesmo juízes dados à bebida." Signs of the Times, 11 de fevereiro de 1886.
Entendeu?
Ela diz que “unicamente homens estritamente temperantes e íntegros devem ser admitidos em nossas assembléias legislativas e escolhidos para presidir nossas cortes de justiça”. Portanto, só homens cristãos deveriam ser deputados, senadores ou juizes, pois são os que vivem os princípios da temperança. Os demais, na maioria são dados à bebida, desonestos e mentirosos. Por isto não deveriam ser eleitos.
E como muitos de nós, agimos?
Deixam de votar em um cristão de nossa fé, que vive os nossos princípios, e defende nossa comunidade para votar em alguém de outra crença que combate a nossa fé ou então votam em um ateu ou mesmo um à-toa. Isto é incoerência.
Leia mais uma vez o texto citado. “Unicamente homens estritamente temperantes e íntegros devem ser admitidos em nossas assembléias legislativas e escolhidos para presidir nossas cortes de justiça”. Quem mais se aproxima desse padrão, um cristão ou alguém sem religião nenhuma? Pense.
Na revista adventista deste ano (maio 2006) o Pastor e professor de teologia Dr. Alberto Timm argumenta que onde não há candidatos adventistas, devemos votar naqueles que mais se aproximam de nossos princípios religiosos.
Que nosso bom Deus nos ilumine e nesta eleição saibamos escolher os melhores. Estamos cansados de tanta corrupção. Chega de mensalão, de dólares na cueca, de sanguessugas, de vampiros do erário público. Só há uma maneira de tirar os corruptos do poder: pondo os honestos no lugar deles. E isto só se consegue através do voto.
Seria bom que houvesse em cada estado, dezenas de candidatos adventistas e de ouras denominações para que pudéssemos, dentre eles, escolher os melhores. Como não há, escolha entre os que você julgar mais aptos e que mais se aproximam dos nossos princípios morais e religiosos. E se houver um adventista, não tenha dúvidas: vote neste.
Pr. Manoel Barbosa da Silva
Distrital de Araguatins Tocantins
Eis na integra o capítulo mencionado.
Conselhos sobre votar.
Nossa obra é vigiar, esperar e orar. Examinai as Escrituras. Cristo vos advertiu a não vos misturardes com o mundo. Devemos sair dentre eles e separar-nos "e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso". II Cor. 6:17 e 18. Sejam quais forem as opiniões que tenhais em relação a dar o vosso voto em questões políticas, não as deveis proclamar pela pena ou pela voz. Nosso povo deve silenciar acerca de questões que não têm relação com a terceira mensagem angélica. Se já um povo se deveu aproximar de Deus, esse é o povo Adventista do Sétimo Dia. Têm sido feitos admiráveis projetos e planos. Tem-se apoderado de homens e mulheres um ardente desejo de proclamar alguma coisa, ou ligar-se com alguma coisa; eles não sabem o quê. O silêncio de Cristo sobre muitos assuntos, porém, era verdadeira eloqüência. ...
Irmãos, não vos lembrais de que a nenhum de vós foi imposta pelo Senhor qualquer responsabilidade de publicar suas preferências políticas em nossas publicações, ou de sobre elas falar na congregação, quando o povo se reúne para ouvir a Palavra do Senhor. ...
Não devemos, como um povo, envolver-nos em questões políticas. Todos fariam bem em dar ouvidos à Palavra de Deus: Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos
Pág. 337
em luta política, nem vos vinculeis a eles em suas ligações. Não há terreno seguro em que possam estar e trabalhar juntos. O fiel e o infiel não têm terreno neutro em que possam encontrar-se.
Aquele que transgride um dos preceitos dos mandamentos de Deus é transgressor de toda a lei. Mantende secreto o vosso voto. Não acheis ser vosso dever insistir com todo o mundo para fazer como fazeis. Carta 4, 1898.
Os Pioneiros Chegam a Importante Decisão
Assisti à reunião à noitinha. Tivemos uma reunião espontânea, interessante. Depois do tempo de terminar, foi considerada a questão de votar, demorando-nos sobre ela. Primeiro, falou Tiago, depois o irmão [J. N.] Andrews, e foi por eles julgado melhor pôr sua influência a favor do direito e contra o erro. Eles acham que é direito votar em favor dos homens defensores da *temperança governarem em nossa cidade, em vez de, por seu silêncio, correr o risco de serem eleitos homens intemperantes. O irmão [Davi] Hewitt conta sua experiência de alguns dias atrás e está certo de ser direito dar seu voto. O irmão [Josias] Hart fala bem. O irmão [Henrique] Lyon se opõe. Nenhum outro é contrário ao votar, mas o irmão [J. P.] Kellogg começa a julgar que é direito. Os sentimentos são cordiais entre todos os irmãos. Oh! que todos eles procedam no temor de Deus.
Os homens da *intemperança estiveram hoje no escritório, exprimindo de modo lisonjeiro sua aprovação à atitude dos observadores do sábado não votando, e exprimiram esperanças de que eles fiquem firmes nessa atitude e, como os quáqueres, não dêem seu voto. Satanás e seus anjos estão atarefados por esta altura, e ele tem obreiros na Terra. Que ele fique decepcionado é a minha oração. E. G. White em seu diário de domingo, 6 de março de 1859.
**Obs. Naquele tempo a América do Norte estava dividida em duas correntes políticas. Uma defendia que se deveria proibir a venda e o fabrico de bebidas alcoólicas, eram os defensores da temperança. (Jose Bates eram membro de uma associação pro temperança). A outra corrente, defendia a liberdade tanto da venda, como do fabrico de bebidas. Estes eram chamados, os da imtemperança. Só em 1929, que os defensores da temperança conseguiram aprovar a lei por tanto tempo esperada, mas a lei durou pouco tempo. Esta lei ficou conhecida como a ‘lei seca’ foi neste período que o gangster ‘Al Capone’ ficou famoso por seus contrabandos de bebidas alcoólicas
quarta-feira, 16 de julho de 2008
O CEGO BARTIMEU
Marcos 10: 46-52
A vista é o dom mais precioso que temos. Deve ser muito triste a vida do cego. não poder ver os amigos, a paisagem, as flores, a pessoa amada... Trocaríamos qualquer órgão do corpo para ficar com a vista.
Bartimeu era cego.
Quem era Bartimeu? Há pouca informação sobre sua pessoa. A Bíblia informa apenas que ele era filho de Timeu e que era de Jericó
Dos quatro evangelistas três mencionam esta história. Menos João
Há aparente contradição entre os evangelistas.
Lucas e Marcos falam de um cego. Mateus fala de dois .
Mateus e Marcos dizem que Jesus saía, Lucas diz que chegava.
É possível que fosse saindo e que eram dois
As cidades antigas eram muradas e no portão principal das mesmas, havia um espaço reservado aos encontros da comunidade onde se discutiam os assuntos relacionados ao bom andamento da cidade,e também ali se vendiam os produtos colhidos nas hortas e lavouras da vizinhança, uma espécie de feira livre da cidade. era portanto um bom lugar para um cego ficar pedindo esmola
Bartimeu era dos dois cegos o líder. O que mais gritou, o que mais fez barulho para chamar atenção. Por isto ficou conhecido, o outro foi beneficiado de carona.
Quando Bartimeu pressentiu a multidão, informado que era Jesus, passou a gritar “Jesus filho de Davi, tem misericórdia de mim” O povo o ordenava que calasse. Ele gritava mais alto.”Jesus filho de Davi tem misericórdia de mim”
Jesus ouviu e mandou chamá-lo. Quando ele ouviu que Jesus o chamava, deixou a capa e foi atendê-lo.
Cristo o perguntou: que queres que eu faça?
Ele respondeu. “Senhor que volte a ver”. Cristo replicou. “Vê a tua fé te salvou.”
A partir daquele momento, sua vista ficou perfeita. ....
Deste milagre aprendemos algumas lições:
1ºO mundo encontra-se cego. II Cor, 4: 3, 4.
Pessoas que se dizem cultas, procuram outras analfabetas para se benzerem ou pedir orações, não faz muito tempo o presidente Fernando Henrique atrasou o voo por quinze minutos porque uma vidente lhe escreveu dizendo que se ele viajasse naquele momento haveria um desastre, e ele supersticioso que é, deixou de viajar no horário para atender uma mãe de santo qualquer. Dar mesma forma, muitos estão errando pela vida como cegos´, por lhes faltar a verdadeira luz da palavra de Deus.
2º-Apesar de cegos nada podem fazer por si.
Bartimeu deve ter lutado muito para não ficar cego. Ele não era cego de nascença. À medida que sua vista foi perdendo na certa tomou muitos remédios, fez muito, para ver se não perdia a vista, no entanto nada resolveu.
Isto no leva a conclusão que o esforço pessoal é insuficiente para para nos trazer a visão celestial.
Esforço próprio não salva ninguém. Promessas, sacrifícios, viagens a lugares sagrados não tem valor nenhum para trazer a salvação. Mesmos os deveres religiosos Bíblicos como devolver o dízimo, guardar o sábado cuidar do corpo, e outras coisas mais, em si mesmo não tem nenhum valor nenhum para conceder a salvação.. Esta só se obtém pela fé em Cristo Jesus.
3º - Podemos e devemos clamar.
Bartimeu clamou, insistiu, acreditou, até que foi ouvido.
Clamar é uma demonstração da nossa fé. Quando oramos não mudamos a Deus, mudamos a nós mesmos. Clamar ou orar é prova de que cremos em Deus.
4º-Não devemos dar ouvidos aos que passa, e nos manda calar.
São muitos. Os parentes, os amigos, os colegas de trabalho, os vizinhos etc....
Eles usam toda forma de argumentos. A crítica, a gozação, a sutileza, as ameaças, a chantagem...
Tudo é usado para nos desviar de Cristo. São formas diferentes de nos mandar calar. O que não devemos é dar ouvido. E como bartimeu gritar mais alto ainda.
5º-Cristo nos ouve mesmo em meio à multidão.
Ele ouviu a Bartimeu lá na margem do caminho. Assim também hoje,.mesmo que estejamos à margem da vida, se clamarmos a Deus com fé, ele nos ouvirá
6º - ele nos convida a achegarmos a Ele. Assim como fez com o cego de Jericó, ainda hoje.ele diz: “vinde a mim todos os cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.”
Nossas dificuldades, nossos problemas, nossas dores, devemos levar tudo a Jesus. Só ele tem a solução para os problemas da humanidade. Ele pode resolver seus problemas hoje mesmo.
7º - devemos deixar nossa capa.
Assim como Bartimeu deixou sua capa, que na certa o atrapalharia, se aproximar de Jesus, devemos abandonar tudo que nos afaste do nosso salvador.
A capa representa o egoísmo, o orgulho, a vaidade, os prazeres ilícitos, tudo em fim que nos afaste de Jesus.
8º - A fé é essencial para a salvação.”Atua fé te salvou”
“Sem fé é impossível agradar a Deus”
“Porque pela graça sois salvos mediante a fé e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obra para que ninguém se glorie”.
9º - Cristo é a luz que abre todos os entendimentos, abre todos os olhos, resolve todos os problemas.
Conclusão
Igual ao cego Bartimeu, o mundo se encontra sem luz. Só Cristo poderá resolver os problemas da humanidade. Ele esta passando. Precisamos clamar
Para que nos salvemos, necessário é: Crermos, clamar, não dar ouvido aos que passam, e abandonar nossa capa.
E assim veremos a Luz. Assim veremos Jesus. A nossa fé nos salvará
A vista é o dom mais precioso que temos. Deve ser muito triste a vida do cego. não poder ver os amigos, a paisagem, as flores, a pessoa amada... Trocaríamos qualquer órgão do corpo para ficar com a vista.
Bartimeu era cego.
Quem era Bartimeu? Há pouca informação sobre sua pessoa. A Bíblia informa apenas que ele era filho de Timeu e que era de Jericó
Dos quatro evangelistas três mencionam esta história. Menos João
Há aparente contradição entre os evangelistas.
Lucas e Marcos falam de um cego. Mateus fala de dois .
Mateus e Marcos dizem que Jesus saía, Lucas diz que chegava.
É possível que fosse saindo e que eram dois
As cidades antigas eram muradas e no portão principal das mesmas, havia um espaço reservado aos encontros da comunidade onde se discutiam os assuntos relacionados ao bom andamento da cidade,e também ali se vendiam os produtos colhidos nas hortas e lavouras da vizinhança, uma espécie de feira livre da cidade. era portanto um bom lugar para um cego ficar pedindo esmola
Bartimeu era dos dois cegos o líder. O que mais gritou, o que mais fez barulho para chamar atenção. Por isto ficou conhecido, o outro foi beneficiado de carona.
Quando Bartimeu pressentiu a multidão, informado que era Jesus, passou a gritar “Jesus filho de Davi, tem misericórdia de mim” O povo o ordenava que calasse. Ele gritava mais alto.”Jesus filho de Davi tem misericórdia de mim”
Jesus ouviu e mandou chamá-lo. Quando ele ouviu que Jesus o chamava, deixou a capa e foi atendê-lo.
Cristo o perguntou: que queres que eu faça?
Ele respondeu. “Senhor que volte a ver”. Cristo replicou. “Vê a tua fé te salvou.”
A partir daquele momento, sua vista ficou perfeita. ....
Deste milagre aprendemos algumas lições:
1ºO mundo encontra-se cego. II Cor, 4: 3, 4.
Pessoas que se dizem cultas, procuram outras analfabetas para se benzerem ou pedir orações, não faz muito tempo o presidente Fernando Henrique atrasou o voo por quinze minutos porque uma vidente lhe escreveu dizendo que se ele viajasse naquele momento haveria um desastre, e ele supersticioso que é, deixou de viajar no horário para atender uma mãe de santo qualquer. Dar mesma forma, muitos estão errando pela vida como cegos´, por lhes faltar a verdadeira luz da palavra de Deus.
2º-Apesar de cegos nada podem fazer por si.
Bartimeu deve ter lutado muito para não ficar cego. Ele não era cego de nascença. À medida que sua vista foi perdendo na certa tomou muitos remédios, fez muito, para ver se não perdia a vista, no entanto nada resolveu.
Isto no leva a conclusão que o esforço pessoal é insuficiente para para nos trazer a visão celestial.
Esforço próprio não salva ninguém. Promessas, sacrifícios, viagens a lugares sagrados não tem valor nenhum para trazer a salvação. Mesmos os deveres religiosos Bíblicos como devolver o dízimo, guardar o sábado cuidar do corpo, e outras coisas mais, em si mesmo não tem nenhum valor nenhum para conceder a salvação.. Esta só se obtém pela fé em Cristo Jesus.
3º - Podemos e devemos clamar.
Bartimeu clamou, insistiu, acreditou, até que foi ouvido.
Clamar é uma demonstração da nossa fé. Quando oramos não mudamos a Deus, mudamos a nós mesmos. Clamar ou orar é prova de que cremos em Deus.
4º-Não devemos dar ouvidos aos que passa, e nos manda calar.
São muitos. Os parentes, os amigos, os colegas de trabalho, os vizinhos etc....
Eles usam toda forma de argumentos. A crítica, a gozação, a sutileza, as ameaças, a chantagem...
Tudo é usado para nos desviar de Cristo. São formas diferentes de nos mandar calar. O que não devemos é dar ouvido. E como bartimeu gritar mais alto ainda.
5º-Cristo nos ouve mesmo em meio à multidão.
Ele ouviu a Bartimeu lá na margem do caminho. Assim também hoje,.mesmo que estejamos à margem da vida, se clamarmos a Deus com fé, ele nos ouvirá
6º - ele nos convida a achegarmos a Ele. Assim como fez com o cego de Jericó, ainda hoje.ele diz: “vinde a mim todos os cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.”
Nossas dificuldades, nossos problemas, nossas dores, devemos levar tudo a Jesus. Só ele tem a solução para os problemas da humanidade. Ele pode resolver seus problemas hoje mesmo.
7º - devemos deixar nossa capa.
Assim como Bartimeu deixou sua capa, que na certa o atrapalharia, se aproximar de Jesus, devemos abandonar tudo que nos afaste do nosso salvador.
A capa representa o egoísmo, o orgulho, a vaidade, os prazeres ilícitos, tudo em fim que nos afaste de Jesus.
8º - A fé é essencial para a salvação.”Atua fé te salvou”
“Sem fé é impossível agradar a Deus”
“Porque pela graça sois salvos mediante a fé e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obra para que ninguém se glorie”.
9º - Cristo é a luz que abre todos os entendimentos, abre todos os olhos, resolve todos os problemas.
Conclusão
Igual ao cego Bartimeu, o mundo se encontra sem luz. Só Cristo poderá resolver os problemas da humanidade. Ele esta passando. Precisamos clamar
Para que nos salvemos, necessário é: Crermos, clamar, não dar ouvido aos que passam, e abandonar nossa capa.
E assim veremos a Luz. Assim veremos Jesus. A nossa fé nos salvará
terça-feira, 15 de julho de 2008
A EPÍSTOLA DE JUDAS
Esboço:
Essa epístola divide-se em cinco partes
· Saudações
· Propósito de Judas ao escrevê-la
· Falsos mestres denunciados
· Exortações aos crentes
· Doxologia
Autor:
Judas servo de Jesus e irmão de Tiago. V. 1,2.
Esse Judas não era o Iscariotes, que este abandonou a Cristo e se enforcou. Tampouco era o apóstolo, por que aquele era irmão de João e não de Tiago. Portanto, esse Judas só pode ter sido o irmão de Jesus.
Motivos por que foi escrito essa epístola.
1. Falar da salvação comum aos crentes. V.3
2. Batalhar pela fé.
3. Alertar contra os falsos mestres v. 4
Os falsos mestres são:
· Dissimuladores v 4
· Ímpios v. 4
· Converte em libertinagem a graça de Deus. (ensinam que quem esta debaixo da graça é livre para fazer o que quiser, inclusive pecar.) v. 4.
· Negam que Jesus é o único soberano e senhor
Há castigo para esse tipo de gente. V. 5. Exemplos:
Os rebeldes no Egito ( v. 5) Os anjos no céu. (V.6) Sodoma e Gomorra. (V 7)
Por quê? Verso 08.
1. Contaminam a igreja
2. Rejeitam governos e difamam autoridades superiores
3. Blasfemam das dignidades
4. Difamam a tudo o que não entendem. V. 10
5. E o que entendem eles distorce / corrompem v. 10
6. São gananciosos v. 11
7. São rochas submersas nas festas de amor. V. 12
8. Nuvens sem água impelidas pelo vento. V. 12
9. Árvores sem frutos.
10. Pastores que a si mesmo se apascentam
11. Promovem divisões e não têm o espírito Santo v. 19
Não se deve discutir com esse tipo de gente. Apenas deixar que o senhor os repreenda.
Exortações finais.
Últimos dias
Devemos nos edificar
Conservar o amor ter piedade de alguns, e tentar salva-los v. 23
Doxologia versos 23 - 24
Essa epístola divide-se em cinco partes
· Saudações
· Propósito de Judas ao escrevê-la
· Falsos mestres denunciados
· Exortações aos crentes
· Doxologia
Autor:
Judas servo de Jesus e irmão de Tiago. V. 1,2.
Esse Judas não era o Iscariotes, que este abandonou a Cristo e se enforcou. Tampouco era o apóstolo, por que aquele era irmão de João e não de Tiago. Portanto, esse Judas só pode ter sido o irmão de Jesus.
Motivos por que foi escrito essa epístola.
1. Falar da salvação comum aos crentes. V.3
2. Batalhar pela fé.
3. Alertar contra os falsos mestres v. 4
Os falsos mestres são:
· Dissimuladores v 4
· Ímpios v. 4
· Converte em libertinagem a graça de Deus. (ensinam que quem esta debaixo da graça é livre para fazer o que quiser, inclusive pecar.) v. 4.
· Negam que Jesus é o único soberano e senhor
Há castigo para esse tipo de gente. V. 5. Exemplos:
Os rebeldes no Egito ( v. 5) Os anjos no céu. (V.6) Sodoma e Gomorra. (V 7)
Por quê? Verso 08.
1. Contaminam a igreja
2. Rejeitam governos e difamam autoridades superiores
3. Blasfemam das dignidades
4. Difamam a tudo o que não entendem. V. 10
5. E o que entendem eles distorce / corrompem v. 10
6. São gananciosos v. 11
7. São rochas submersas nas festas de amor. V. 12
8. Nuvens sem água impelidas pelo vento. V. 12
9. Árvores sem frutos.
10. Pastores que a si mesmo se apascentam
11. Promovem divisões e não têm o espírito Santo v. 19
Não se deve discutir com esse tipo de gente. Apenas deixar que o senhor os repreenda.
Exortações finais.
Últimos dias
Devemos nos edificar
Conservar o amor ter piedade de alguns, e tentar salva-los v. 23
Doxologia versos 23 - 24
segunda-feira, 14 de julho de 2008
(70x7) MUITO MAIS QUE UM SIMPLES PRODUTO
Pedro acabara de questionar a Jesus sobre quantas vezes deveria perdoar um irmão que contra ele pecasse, e seu caráter inquieto que sempre o caracterizou antecipando-se à resposta do mestre, arriscou de pronto um palpite: “até sete vezes? Imaginou Pedro, ser isto mais que suficiente e esperava a aprovação de Jesus pela sugestão interposta”. No entanto, a resposta de Jesus soou-lhe desconcertante: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. (Mt. 18:21 – 21), havia sido reprovado!
Desta passagem bíblica, geralmente somos rápidos em considerar que o produto (70x7), é mais um fator simbólico da disposição de Deus em “sempre” perdoar o pecador arrependido. Conquanto seja verdade que o amoroso Pai Jeová é mui misericordioso, cujo caráter Jesus tão bem representou por preceito e exemplo, numa ocasião, retratando a solicitude do Pai em perdoar, na Parábola do Filho Pródigo; noutra, ao perdoar a mulher adúltera e ainda por implorar ao Pai, no alto da cruz, perdão para os seus algozes.
No entanto, não teria Jesus incluído este produto (70x7) à sua resposta, por uma razão mais especial? Afinal, se é que a idéia aqui ensinada tenciona enfatizar unicamente a “ilimitada” misericórdia de Deus para com o pecador arrependido, o produto poderia perfeitamente ser substituído por... 1000 (mil), por exemplo, e a resposta de Jesus soaria mais ou menos assim: “Não te digo que até sete vezes, mas até mil vezes”, e isto sem prejuízo do sentido, com a vantagem de que “mil” é um número de valor absolutamente maior que o produto (70x7 = 490). Além do mais, mil tem status de ser um número bíblico. Pedro o mencionou ao afirmar que “para com o Senhor, um dia é como “mil” anos, e “mil” anos como um dia” (II Pdr. 3:8); ainda, no capítulo 20 do Apocalipse ele aparece triunfante, com dupla aplicação, a primeira na prisão milenar de satanás; a segunda, no milênio glorioso dos Santos no céu, (Apoc. 20:1-6). Mas, em detrimento das razões aqui arroladas e por mais fortes que possam ser os argumentos a favor do número “mil”, Jesus preferiu (70x7)! Longe de mim, a pretensão de substituir qualquer porção das Escrituras Sagradas e ser por isto, amaldiçoado conforme (Apoc. 22:19), porém, creio que o sábio mestre de Nazaré pretende ensinar-nos uma verdade bem maior e mais urgente! Quero compartilhar ao prezado leitor a luz que o Espírito Santo outorgou-me sobre o texto em questão.
Reestudando a doutrina do Juízo investigativo e a profecia das 2.300 tardes e manhãs de Dn. 8:14, percebi que apenas à luz do que está escrito em Dn. 9:24, a resposta de Jesus pode ser perfeitamente compreendida: “setenta semanas então determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade...”, assim começou o anjo a explicar para Daniel a profecia das tardes e manhãs. Do período profético representado pelos 2.300 dias ou anos (ver Ez. 4:6; Nm. 14:34, antecedentes bíblicos que estabelecem a relação de um dia profético, representando um ano literal), setenta semanas ou seja, os primeiros 490 dias (70x7), seriam reservados para o povo Judeu (“o teu povo e a tua santa cidade”), correspondendo a um período de graça, um período de misericórdia, que começa com retorno dos Judeus à sua Pátria, assegurado pelo decreto de Artaxerxes no sétimo ano do seu reinado, isto por volta do ano 457 AC, conforme o anjo havia predito (Ed. 7:7,11), a saber, desde a saída da ordem para restaurar e para e edificar Jerusalém (Dn. 9:25). Notemos que este período, conforme diz o anjo, estava determinado: para fazer cessar a transgressão; para dar a fim aos pecados; para expiar a iniqüidade; para trazer a justiça eterna; além de servir para (confirmar) ou selar o restante da visão e da profecia, e para ungir o Santo dos Santos.
Jesus não poderia encontrar período mais significativo para ilustrar a maneira como Deus trata o pecador. Ao responder a Pedro. “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”, Jesus não estava levando a questão do perdão ao nível da pergunta do Apóstolo.
Pedro preocupava-se com o aspecto quantitativo do perdão. Porém, Jesus pretendia lembrá-lo do aspecto qualitativo segundo o qual, há um tempo de graça, há um tempo de misericórdia para o perdão de Deus, tipificado nas setentas semanas (70x7), reservadas para os Judeus.
De fato, várias características, levam-nos a considerar ser este período de graça concedido especialmente aos Judeus, um tipo do tempo da graça que Deus concede à humanidade, senão vejamos:
1 – As setentas semanas (70x7 dias) de graça, começa com um DECRETO REAL, concedendo libertação, tendo os Judeus a oportunidade de livremente retornar à sua Pátria depois de setenta anos de cativeiro. Assim, Deus proveu a humanidade escrava do pecado, livramento através do sacrifício de Jesus, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29), e o brado “Está consumado” pelo “Rei dos Reis e Senhor dos senhores” na cruz (Jo 19:30) soa como um DECRETO REAL, a confirmar a libertação a quantos se aproximam do calvário.
2 - A última semana das setenta reservadas aos Judeus é especialmente importante, “se estende do ano 27 ao ano 34 de nossa era. Cristo, a princípio em pessoa e depois pelos seus discípulos, dirigiu o convite do evangelho especialmente aos Judeus. Ao saírem os Apóstolos com as boas novas do reino, a recomendação do Salvador era: “Não ireis pelos caminhos das gentes, nem entrareis em cidades de samaritanos; mas ide às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt. 10:5 e 6). As setenta semanas, especialmente conferidas aos Judeus, terminaram no ano 34. Naquele tempo, pelo ato do Sinédrio judaico a nação selou sua recusa aos Evangelhos pelo martírio de Estevão e perseguição aos servidores de Cristo. Assim, a mensagem da salvação, não mais restrita ao “povo escolhido”, foi dada ao mundo (Grande Conflito pg. 327). A indiferença e flagrante hostilidade com que os Judeus principalmente na ÚLTIMA SEMANA do seu tempo de graça, trataram o convite do evangelho e seus proclamadores, retrata a situação da humanidade nos ÚLTIMO DIAS, comparado por Jesus como nos dias de Noé (Mt. 24:37 – 39).
3 – Como resultado de sua rebelião para com o filho de Deus, os Judeus foram desqualificados como “povo escolhido”, isto no fim dos 490 anos (70x7), ano 34 d.C (com o martírio de Estevão e início da perseguição aos Cristãos). O que há mais de mais lastimável na vida do homem, senão o de perder sua condição de “escolhido de Deus”? Assim, o fim das setenta semanas, o fim do período de 490 anos ou 70x7, é um tipo do fechamento da porta da graça (ver Mt. 25:11 – 13).
“Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete”, foi a resposta de Jesus a Pedro, uma resposta precisa, cabal, ao mencionar o tempo da graça tipológico dos Judeus, Jesus nos ensina que enquanto durar o tempo da graça, enquanto a porta estiver aberta, haverá possibilidade de perdão ao pecador arrependido, ao coração quebrantado. Muitos ao se depararem com este texto não percebem que Deus tem um tempo determinado para tudo, até para o perdão.
Amado leitor, perto está o tempo quando nossas setenta semanas se findarão, dando lugar à sentença: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça e o santo continue a santificar-se” (Apoc. 22:11). Observemos que não é Deus quem perde a capacidade ou a disposição de perdoar, antes é o homem que não sentirá mais arrependimento pelo pecado, este é o preço que terá de pagar a humanidade pecadora; a insensibilidade crônica, permanente, irreversível ante as bênçãos de Deus. A consciência cauterizada será a maldição do injusto e do imundo, o preço da constante resistência ao mover do Espírito em seu coração e consciência!
Por outro lado, quanta alegria para os justos e santos, em terem garantida, após o fechamento da porta da graça, um sempre crescente aprimoramento espiritual! Em qual destes dois grupos pretendes estar? Que Deus ilumine tua decisão. Amém!
Escrito por:
Maj QOPM Celso Jardim
Ancião da Igreja Central
em Balsas-MA
Desta passagem bíblica, geralmente somos rápidos em considerar que o produto (70x7), é mais um fator simbólico da disposição de Deus em “sempre” perdoar o pecador arrependido. Conquanto seja verdade que o amoroso Pai Jeová é mui misericordioso, cujo caráter Jesus tão bem representou por preceito e exemplo, numa ocasião, retratando a solicitude do Pai em perdoar, na Parábola do Filho Pródigo; noutra, ao perdoar a mulher adúltera e ainda por implorar ao Pai, no alto da cruz, perdão para os seus algozes.
No entanto, não teria Jesus incluído este produto (70x7) à sua resposta, por uma razão mais especial? Afinal, se é que a idéia aqui ensinada tenciona enfatizar unicamente a “ilimitada” misericórdia de Deus para com o pecador arrependido, o produto poderia perfeitamente ser substituído por... 1000 (mil), por exemplo, e a resposta de Jesus soaria mais ou menos assim: “Não te digo que até sete vezes, mas até mil vezes”, e isto sem prejuízo do sentido, com a vantagem de que “mil” é um número de valor absolutamente maior que o produto (70x7 = 490). Além do mais, mil tem status de ser um número bíblico. Pedro o mencionou ao afirmar que “para com o Senhor, um dia é como “mil” anos, e “mil” anos como um dia” (II Pdr. 3:8); ainda, no capítulo 20 do Apocalipse ele aparece triunfante, com dupla aplicação, a primeira na prisão milenar de satanás; a segunda, no milênio glorioso dos Santos no céu, (Apoc. 20:1-6). Mas, em detrimento das razões aqui arroladas e por mais fortes que possam ser os argumentos a favor do número “mil”, Jesus preferiu (70x7)! Longe de mim, a pretensão de substituir qualquer porção das Escrituras Sagradas e ser por isto, amaldiçoado conforme (Apoc. 22:19), porém, creio que o sábio mestre de Nazaré pretende ensinar-nos uma verdade bem maior e mais urgente! Quero compartilhar ao prezado leitor a luz que o Espírito Santo outorgou-me sobre o texto em questão.
Reestudando a doutrina do Juízo investigativo e a profecia das 2.300 tardes e manhãs de Dn. 8:14, percebi que apenas à luz do que está escrito em Dn. 9:24, a resposta de Jesus pode ser perfeitamente compreendida: “setenta semanas então determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade...”, assim começou o anjo a explicar para Daniel a profecia das tardes e manhãs. Do período profético representado pelos 2.300 dias ou anos (ver Ez. 4:6; Nm. 14:34, antecedentes bíblicos que estabelecem a relação de um dia profético, representando um ano literal), setenta semanas ou seja, os primeiros 490 dias (70x7), seriam reservados para o povo Judeu (“o teu povo e a tua santa cidade”), correspondendo a um período de graça, um período de misericórdia, que começa com retorno dos Judeus à sua Pátria, assegurado pelo decreto de Artaxerxes no sétimo ano do seu reinado, isto por volta do ano 457 AC, conforme o anjo havia predito (Ed. 7:7,11), a saber, desde a saída da ordem para restaurar e para e edificar Jerusalém (Dn. 9:25). Notemos que este período, conforme diz o anjo, estava determinado: para fazer cessar a transgressão; para dar a fim aos pecados; para expiar a iniqüidade; para trazer a justiça eterna; além de servir para (confirmar) ou selar o restante da visão e da profecia, e para ungir o Santo dos Santos.
Jesus não poderia encontrar período mais significativo para ilustrar a maneira como Deus trata o pecador. Ao responder a Pedro. “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”, Jesus não estava levando a questão do perdão ao nível da pergunta do Apóstolo.
Pedro preocupava-se com o aspecto quantitativo do perdão. Porém, Jesus pretendia lembrá-lo do aspecto qualitativo segundo o qual, há um tempo de graça, há um tempo de misericórdia para o perdão de Deus, tipificado nas setentas semanas (70x7), reservadas para os Judeus.
De fato, várias características, levam-nos a considerar ser este período de graça concedido especialmente aos Judeus, um tipo do tempo da graça que Deus concede à humanidade, senão vejamos:
1 – As setentas semanas (70x7 dias) de graça, começa com um DECRETO REAL, concedendo libertação, tendo os Judeus a oportunidade de livremente retornar à sua Pátria depois de setenta anos de cativeiro. Assim, Deus proveu a humanidade escrava do pecado, livramento através do sacrifício de Jesus, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29), e o brado “Está consumado” pelo “Rei dos Reis e Senhor dos senhores” na cruz (Jo 19:30) soa como um DECRETO REAL, a confirmar a libertação a quantos se aproximam do calvário.
2 - A última semana das setenta reservadas aos Judeus é especialmente importante, “se estende do ano 27 ao ano 34 de nossa era. Cristo, a princípio em pessoa e depois pelos seus discípulos, dirigiu o convite do evangelho especialmente aos Judeus. Ao saírem os Apóstolos com as boas novas do reino, a recomendação do Salvador era: “Não ireis pelos caminhos das gentes, nem entrareis em cidades de samaritanos; mas ide às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt. 10:5 e 6). As setenta semanas, especialmente conferidas aos Judeus, terminaram no ano 34. Naquele tempo, pelo ato do Sinédrio judaico a nação selou sua recusa aos Evangelhos pelo martírio de Estevão e perseguição aos servidores de Cristo. Assim, a mensagem da salvação, não mais restrita ao “povo escolhido”, foi dada ao mundo (Grande Conflito pg. 327). A indiferença e flagrante hostilidade com que os Judeus principalmente na ÚLTIMA SEMANA do seu tempo de graça, trataram o convite do evangelho e seus proclamadores, retrata a situação da humanidade nos ÚLTIMO DIAS, comparado por Jesus como nos dias de Noé (Mt. 24:37 – 39).
3 – Como resultado de sua rebelião para com o filho de Deus, os Judeus foram desqualificados como “povo escolhido”, isto no fim dos 490 anos (70x7), ano 34 d.C (com o martírio de Estevão e início da perseguição aos Cristãos). O que há mais de mais lastimável na vida do homem, senão o de perder sua condição de “escolhido de Deus”? Assim, o fim das setenta semanas, o fim do período de 490 anos ou 70x7, é um tipo do fechamento da porta da graça (ver Mt. 25:11 – 13).
“Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete”, foi a resposta de Jesus a Pedro, uma resposta precisa, cabal, ao mencionar o tempo da graça tipológico dos Judeus, Jesus nos ensina que enquanto durar o tempo da graça, enquanto a porta estiver aberta, haverá possibilidade de perdão ao pecador arrependido, ao coração quebrantado. Muitos ao se depararem com este texto não percebem que Deus tem um tempo determinado para tudo, até para o perdão.
Amado leitor, perto está o tempo quando nossas setenta semanas se findarão, dando lugar à sentença: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça e o santo continue a santificar-se” (Apoc. 22:11). Observemos que não é Deus quem perde a capacidade ou a disposição de perdoar, antes é o homem que não sentirá mais arrependimento pelo pecado, este é o preço que terá de pagar a humanidade pecadora; a insensibilidade crônica, permanente, irreversível ante as bênçãos de Deus. A consciência cauterizada será a maldição do injusto e do imundo, o preço da constante resistência ao mover do Espírito em seu coração e consciência!
Por outro lado, quanta alegria para os justos e santos, em terem garantida, após o fechamento da porta da graça, um sempre crescente aprimoramento espiritual! Em qual destes dois grupos pretendes estar? Que Deus ilumine tua decisão. Amém!
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